PUBLICIDADE

Marcado para esta 4ª bloqueio da BR-163 em Lucas e Mutum em protesto contra aumento nos combustíveis

PUBLICIDADE

Um grupo de empresários do setor de transportes do Médio-Norte, com apoio da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC), pretende fechar a BR-163, em dois pontos, entre os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, nesta quarta-feira, a partir das 8h, em protesto contra o aumento no preço do óleo diesel. Os manifestantes pedem que o governo federal desonere o combustível no Estado, reduzindo o imposto estadual de 17% para 12%.

Nos próximos dois dias, apenas caminhões serão impedidos de trafegar. Carros pequenos, transportes coletivos e ambulâncias serão liberados, assim como caminhões ou carretas com cargas vivas. Haverá uma abertura entre 11h e 13h, e a partir das 19h. A partir de sexta-feira (20), os manifestantes prometem cancelar a abertura, caso as negociações não avancem. 

O empresário Gilson Baitaca, apontou, ao Só Notícias, que a Petrobras tem causado prejuízos ao setor e afirmou ainda que os preços pagos no Brasil não são competitivos. “Estamos na mão deste monopólio, que pratica preços mais altos que no exterior. O produtor rural simplesmente se nega a pagar o preço da corrupção desta empresa. O produto que é transportado em Mato Grosso já é tributado e o que queremos é que o combustível seja desonerado”.

A manifestação também tem o objetivo de pedir ao governo que impeça as tradings (empresas que atuam como intermediadoras nas negociações comerciais, principalmente de commodities agrícolas no Estado), de contratar o frete abaixo da tabela estipulada pela Secretaria Estadual de Fazenda. “Isto tem que ser cumprido, é uma resolução. Não estamos inventando nada. Se estas empresas têm certos incentivos fiscais, é correto que elas cumpram determinados critérios. Tem que valer a lei”.

Outra cobrança é pela ampliação no prazo de pagamento para as empresas inadimplentes do Finame (financiamento específico do BNDES para o setor). “Transportadores que financiaram caminhões, por exemplo, pagavam no início 2% ao ano. Depois passou para 4% e, por fim, 6%. O prazo tem que ser ampliado. Muitos ficaram inadimplentes”, afirmou Baitaca, que também é vereador em Lucas do Rio Verde.

A adesão dos manifestantes em Nova Mutum foi confirmada pelo empresário e proprietário de uma transportadora, Alessandro Pivetta, que apontou que a intenção é chamar a atenção para "o transporte rodoviário, que é responsável por transportar mais da metade do que é produzido no país, está inviabilizado".

Caso o protesto se concretize, será o segundo em menos duas semanas. Conforme Só Notícias já informou, um grupo de caminhoneiros bloqueou parcialmente a rodovia MT-358 nas proximidades de Tangará da Serra (239 km de Cuiabá) na última quarta-feira (11). Eles protestaram contra o aumento do preço do combustível, óleo diesel, e por melhorias nas estradas de Mato Grosso, além de cobrarem a regulamentação de uma tabela para o valor do transporte terrestre e de cargas. Apenas caminhões com cargas de grãos que iriam para as indústrias foram parados no bloqueio. 

(Atualizada às 17h30). 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE