Está marcado para o dia 26 de junho, às 9h, o júri popular do suspeito de 32 anos, acusado de participação no assassinato do policial militar Élcio Ramos, 29, ocorrido no bairro CPA 3, na capital, em agosto de 2016. Quem de fato atirou no policial foi outro homem, de 27 anos, irmão do acusado, que acabou morto durante ação da Polícia Militar que, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), investigava o primeiro acusado por comércio ilegal de arma de fogo.
O suspeito foi preso no dia 2 de agosto de 2016, mesmo dia em que o soldado e André foram mortos. A motivação inicial dos crimes seria a comercialização da arma de fogo, realizada pelo suspeito via redes sociais. Ele também foi indiciado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e pela tentativa de homicídio contra o parceiro de Élcio. Porém, recurso de sua defesa resultou no despronunciamento deste último.
No dia 4 de novembro de 2016, o acusado passou por audiência de instrução, quando confessou à juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, que de fato estava comercializando uma arma pela internet.
O suspeito ficou preso por 1 ano e 4 meses, no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), até que em dezembro do ano passado a juíza Mônica Catarina Perri deferiu o pedido de habeas corpus, para aguardar o julgamento em liberdade.
Segundo a magistrada, o decreto de prisão foi baseado, isoladamente, pela comoção social e pelo fato de as vítimas serem policiais militares, fundamentos considerados por ela insuficientes para a manutenção da prisão. Além disso, a magistrada enfatizou que o acusado é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa, e se colocado em liberdade não representaria risco à ordem pública, não atrapalharia o andamento do processo e nem descumpriria a aplicação da lei penal.
Desde então o acusado está em liberdade, porém, é monitorado por tornozeleira eletrônica e com restrições como o recolhimento domiciliar das 22h às 6h, não frequentar bares, casas de prostituição e locais de reputação duvidosa.
Em março deste ano, a defesa do acusado solicitou a retirada da tornozeleira eletrônica ou que o horário para recolhimento fosse estendido para às 23h, alegando que ele cursa a faculdade de Direito e estava sendo prejudicado pelo fato de ter que sair mais cedo das aulas. Foi negada a retirada, porém, concedida a extensão de horário.