O madeireiro Reinhard Meyer conseguiu hábeas corpus e saiu da cadeia ontem, após três meses preso pela acusação de crime ambiental no Parque Indígena do Xingu. Segundo o advogado Jiancarlo Leobet, a liberdade foi concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Meyer foi preso em maio, durante a operação Mapinguari, desencadeada pela Polícia Federal, em Vera (80 km de Sinop). Outros 47 políticos, empresários e índios da região Norte foram denunciados. Alguns permanecem detidos. De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público, os delitos estariam sendo perpetrados no interior e no entorno da reserva.
A Justiça Federal acatou, alegando que ficou evidenciada a atuação organizada de proprietários rurais, arrendatários, empresas consultoras ambientais, encarregadas do suporte técnico, servidores públicos responsáveis pela aprovação de planos de manejo e autorizações de exploração de produtos florestais irregulares.