Com a maior parcela dos insumos adquiridos para o plantio da safra de soja 2008/09, cujo início deve ocorrer logo após o vazio sanitário de Mato Grosso e mediante as condições climáticas favoráveis, agricultores de Lucas do Rio Verde aguardam o volume ideal de chuvas para começarem a semear. Uma parte dos produtores – que cultiva em grande escala – já iniciou a preparação do solo.
Conforme o setor, pelo menos 95% havia garantido, em meados do primeiro semestre, a aquisição dos produtos necessários para o plantio, ainda nas primeiras negociações. O restante conclui a negociação e terá de arcar com as altas, principalmente dos fertilizantes, que subiram altos patamares, dentre outros produtos fundamentais.
No município, a estimativa é destinar a cultura aproximadamente 240 mil hectares, a mesma parcela do ano passado (237 mil hectares). A produtividade obtida chegou a média de 56 a 57 sacas por hectare. No próximo ano pode haver oscilações e os produtores aumentarem a captação da oleaginosa a cada hectare.
Em relação a safra 2007/08, agricultores do Estado seguem negociando suas produções. Até o final da semana passada, em Sorriso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), constatou reação de preços, ocasionando bons negócios no município por até R$39, igualando-se aos valores de Lucas do Rio Verde registrados na quarta-feira. Em Sapezal, os melhores estiveram na casa dos R$40, os quais já tinham sido pagos em Campo Verde, ainda na terça-feira.
A região de maior movimentação foi a de Rondonópolis, onde acordos foram fechados por até R$43, aponta o Imea. Na Serra da Petrovina, outros R$42,40. Em Primavera do Leste e também nas cidades circuvizinhas, as indicações foram de R$40,20. Em Canarana, o máximo chegou a R$40 e fechou a semana com cotações desencontradas desde R$38,50 e R$39,50, dependendo do comprador.
Em Diamantino a ausência de compradores não motivou o produtor a comercializar a soja por R$38,80. Em todo Estado, a venda da commoditie ultrapassa a casa dos 95%.