Foi concluído essa semana o laudo sobre a causa do incêndio em um armazém de algodão em Sorriso, que resultou em prejuízos de mais de R$ 8 milhões, no dia 1º de janeiro. Segundo a perícia, está descartada ocorrência de incêndio criminoso, ou por descarga elétrica. “Não tinham vestígios de arrombamento e também não havia energia elétrica no local”, explicou, ao Só Notícias, o perito Michel Rossi.
Segundo ele, a causa mais provável foi uma reação química do próprio algodão. “Em temperatura alta, o algodão pode sofrer reações químicas e pegar fogo sozinho”, salienta. Conforme ele, há ocorrência de casos semelhantes em outros Estados, em que incêndios foram causados por reações no próprio produto.
Outra causa que não está descartada é de que havia um foco de incêndio no interior de um dos fardos. Rossi explicou que alguns dias atrás alguns fardos, que haviam se soltado, foram enviados para serem reenfardados. E, segundo ele, neste processo pode ocorrer de incendiar alguns fardos, e alguma faísca pode ter caído dentro de algum fardo. “Ao passar os dias o fogo foi aumentando”, enfatizou.
O perito também explicou que o laudo não foi conclusivo “devido as condições do local e do material”, e sim um laudo exclusivo, em que são descartadas as hipóteses que não apresentam vestígios. As investigações e estudos levaram quase 20 dias.
No armazém estavam estocadas 240 mil arrobas de algodão. Os proprietários aguardavam a valorização do produto para vendê-lo, já que o preço não cobria os custos na produção. O barracão ficou com a estrutura comprometida.
