sábado, 4/maio/2024
PUBLICIDADE

Justiça nega pedidos contra greve em Mato Grosso

PUBLICIDADE

Justiça do Trabalho em Mato Grosso nega interdito proibitório a banco particular e trabalhadores continuam mobilizados em movimento paredista. Nas decisões das ações movidas pelo Itaú, a instituição financeira alega que a paralisação traz dano à propriedade e pessoas uma vez que os grevistas estariam impedindo completamente o acesso de empregados, diretores, prestadores e até mesmo clientes às agências de Cuiabá e Cáceres (225 km a oeste da Capital).

A juíza Emanuele Pessatti Siqueira apontou que as provas apresentadas pela instituição financeira, como as fotos, por exemplo, não indicam de maneira clara e precisa a ocupação dos prédios bancários, conforme relatado. A magistrada entendeu ainda que a proibição da entrada de um cliente ao interior da agência, por conclusão lógica, decorre da inexistência de bancários no banco.

“Não existe a informação específica do notário de ter presenciado funcionários do banco tentando entrar no interior da agência e sendo impedidos. Outrossim, os clientes estão tendo acesso aos terminais e caixas eletrônicos”, frisa.

No caso de Cáceres, onde foi solicitado inclusive força policial para assegurar o acesso de clientes e funcionários às agências, o juiz Wanderley Piano da Silva reiterou que não há prova de ameaça ou prova da existência da perturbação.

O magistrado destacou também que não ficou comprovado que o sindicato pretenda causar alguma lesão ao banco, aos funcionários ou aos clientes. “O que está efetivamente provado é tão somente que os empregados do requerente se encontram em greve, mas sobre tal direito não há discussão, porquanto assegurado pela Constituição da República”, salientou.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb-MT) comentou que a Justiça reconheceu que não existem ações como aquelas apontadas pela instituição financeira e reiterou que o movimento está dentro da legalidade.

Na segunda-feira (03), a categoria se reunirá para averiguar a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na quarta-feira (28). Contudo, a orientação é que os bancários sigam o Comando Nacional de Greve, que rejeitou a proposta na mesa de negociação.

A federação manteve o reajuste salarial de 7%, mas dessa vez com um abono de R$ 3,5 mil e, para o ano que vem, 0,5% acima da inflação acumulada, devido a uma previsão de índice de 5,5%. “Há um clima de insatisfação na categoria, é uma proposta ilógica”, definiu o presidente do sindicato Clodoaldo Barbosa. Após a assembleia, caso a greve continue, a categoria decidirá quais as próximas ações da mobilização.

OUTRO LADO – A Fenaban defendeu que a proposta garante um ganho de aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e que é apresentada como uma fórmula de transição, de um período com inflação alta para um índice mais baixo.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE