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Justiça não revoga prisões de acusados de espancar e matar mulher em Sorriso

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo)

A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano não acatou o pedido da defesa para revogar as prisões preventivas dos dois acusados de envolvimento no homicídio de Hilda Maria Campanaro. A vítima, que era sogra de um dos réus e avó do outro, foi espancada, em agosto de 2003, nas proximidades de uma residência, na rua Las Vegas, no Jardim Califórnia.

Em março de 2006, a Justiça decidiu que a dupla deveria ir a júri popular por homicídio qualificado. No entanto, até o momento, os acusados não foram localizados e são considerados foragidos há mais de 14 anos. “Ora, estando os acusados homiziados durante todo este tempo, furtando-se aos chamados da Justiça, necessária se mostra a manutenção de sua segregação. A fuga do paciente, por si só, basta à configuração da necessidade da medida para garantia da aplicação da lei penal”, disse a juíza, ao negar a revogação das prisões.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), eram comuns as brigas entre Hilda e os dois parentes. Isso porque um dos denunciados estaria em disputa judicial de área urbana tendo no pólo passivo da demanda o filho da vítima. “O denunciado, sem obtenção de sucesso judicial, devidamente apoiado pelo segundo denunciado, resolveu fazer a própria justiça”, narra a peça acusatória.

No dia 21 de agosto, Hilda estava em casa e, ao presenciar os acusados destruindo um galinheiro, tentou intervir, porém, acabou espancada. A vítima foi encontrada desacordada, por uma testemunha. No dia 31 de agosto, ela reclamou de dores na cabeça e barriga e foi levada ao Hospital Regional de Sorriso, sendo encaminhada, posteriormente, para Sinop, onde acabou falecendo.

A constatação foi de que as agressões “lesionaram órgãos internos, desencadeando um processo de hemorragia intra-craniana em razão de traumatismo crânio-encefálico e hemorragia intra-abdominal devido à ruptura do rim esquerdo e ruptura no pólo superior da cápsula do rim direito”. Hilda morreu no dia 11 de setembro de 2003.

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