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Justiça não autoriza prisão domiciliar para acusada de envolvimento na morte de líder de assentamento no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza

A justiça não autorizou a conversão em domiciliar da prisão preventiva da acusada de envolvimento na morte de Cleirto Alves Braga, 49 anos, assassinado a facadas, em abril deste ano. O corpo da vítima foi encontrado enrolado em um lençol, às margens da MT-423, cerca de 15 quilômetros de União do Sul (173 quilômetros de Sinop). A mulher de 29 anos e um jovem de 20 foram presos na mesma semana, acusados pelo crime.

A defesa ingressou com pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar, afirmando que a suspeita possui filhos menores de 12 anos, além de doença grave e contagiosa (hanseníase). Compartilhando do mesmo entendimento do Ministério Público Estadual, o juiz Rafael Siman Carvalho negou a socilitação.

“Denota-se que a denunciada é genitora de três crianças, contudo, conforme se observa através do Relatório de Casos realizado pelo Conselho Tutelar de União do Sul, consta a informação que os infantes estão com a avó materna “, afirmou o magistrado.

Sobre a doença da acusada, o juiz ainda ressaltou que isso, por si só, não pode dar direito à prisão domiciliar. “Quanto ao acometimento da doença hanseníase é sabido que a doença é grave, conforme consulta médica realizada na Comarca de Colíder, a qual foram receitados medicamentos, não havendo informações de que não houve a disponibilização pelo SUS”, destacou também Rafael Siman.

Um cabo da Polícia Militar informou, ao Só Notícias, que “a vítima foi assassinada na casa onde morava em um assentamento rural. Depois, foi levada pelos suspeitos para o local onde foi encontrada. O que se sabe é que a mulher já teve um caso com a vítima e que agora é namorada do suspeito. Eles confessaram o crime”, apontou o militar, na época da prisão.

Os dois acusados respondem por homicídio qualificado, fraude processual e ocultação de cadáver. O rapaz foi transferido para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Já a mulher continua presa na cadeia feminina de Colíder.

O corpo da vítima, após ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sinop para exame de necropsia, foi velado na capela em União do Sul e sepultado no município. Conhecido como “Mineirinho”, Cleirto era líder do assentamento Nova Conquista.

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