A justiça decidiu mandar a julgamento os dois principais suspeitos de envolvimento na morte de Walace Alves de Souza. O homicídio ocorreu em junho de 2014, no bairro Vila América, onde a vítima foi morta a tiros.
Um policial que trabalhou nas investigações disse que testemunhas apontaram os dois réus como autores do crime. Segundo essa versão, na noite anterior ao homicídio, Walace teria se desentendido com um DJ, o qual seria amigo de um dos acusados.
De acordo com o policial, um dos suspeitos teria “tomado as dores” do DJ e passado a ameaçar Walace. A vítima estava andando na rua, ao lado de um amigo, quando dois homens em uma motocicleta escura se aproximaram e efetuaram os disparos.
Os dois réus negam envolvimento, mas, para a Justiça, há indícios suficientes para mandá-los a julgamento por homicídio qualificado. “Com efeito, entendo que há indícios de que os acusados teriam praticado o crime por motivo torpe, consistente no sentimento de vingança em razão de discussão anterior, bem como mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, posto que, em tese, desferiram os disparos de arma de fogo por trás da vítima, sem que pudesse esboçar qualquer reação defensiva”, consta na decisão.
A Justiça também decidiu decretar a prisão de ambos os réus, sendo que um deles ainda está foragido. Segundo consta no processo, um dos suspeitos está preso e possui 29 anos de condenação por homicídio e tráfico de drogas. Já o que está foragido é integrante do Comando Vermelho e já foi condenado a mais de 10 anos de cadeia por traficar entorpecentes.
“Portanto, é certo o perigo gerado pelo estado de liberdade dos pronunciados, haja vista que há nos autos fortes indicativos de que a atividade criminosa dos pronunciados é reiterada, o que demonstra, com clareza, a perniciosidade da ação ao meio social”, concluiu.
A dupla ainda pode recorrer da sentença e evitar o julgamento.
