O júri popular do principal suspeito de matar, a tiros, Gerson Silva de Azevedo, 18 anos, conhecido como “Cheiroso”, não foi realizado hoje, como previsto. Uma fonte da 1ª Vara Criminal informou, ao Só Notícias, que o advogado de defesa alegou problemas de saúde e pediu cancelamento do júri. A solicitação foi aceita e uma nova data (ainda não definida) será marcada.
O homicídio ocorreu em 15 de dezembro de 2014, em um campo de futebol, na rua 14 do bairro Boa Esperança. Em março de 2015, a Polícia Civil prendeu o réu e a mulher, acusada de pilotar a motocicleta utilizada no dia do crime (ela foi solta pouco tempo depois).
Ao ser interrogado, o suspeito permaneceu calado. A mulher dele, no entanto, contou que, no dia do homicídio, o acusado a chamou para acompanhá-lo em um lugar. Segundo ela, ao chegar no campo de futebol, o réu se aproximou de Gerson “perguntando se era ele que tinha armado sua morte”. A testemunha relatou que a vítima respondeu “negativamente”, contudo, o acusado começou a atirar. Após o crime, os dois fugiram e se esconderam em uma chácara, onde foram presos meses depois.
Durante decisão de pronúncia, a juíza Rosângela Zacarkim destacou que “há fortes indícios de que o acusado teria praticado o crime por motivo torpe, consistente no sentimento de vingança, por supostamente acreditar que a vítima teria ‘armado’ para matá-lo. Ainda, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, supostamente, teria agido de inopino, sacando uma arma e atirando contra a vítima, sem que esta pudesse esboçar qualquer reação”.
O suspeito está preso, no Ferrugem. Perante aos jurados, ele responderá por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.