quinta-feira, 28/março/2024
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Júri de caminhoneiro acusado de matar duas mulheres no Nortão é adiado; juiz mantém prisão

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Só Notícias/Herbert de Souza

O juiz Rafael Depra Panichella suspendeu o júri popular do caminhoneiro suspeito de assassinar Adriana Gonçalves Ferreira, 36 anos, e a mãe dela, Cleide Camporezi Ferreira, 61 anos, em julho de 2016, em Tabaporã (197 quilômetros de Sinop) e o julgamento seria no próximo dia 2. Ainda não foi marcada nova data para a sessão.

O magistrado justificou o adiamento com base em decisão do Tribunal de Justiça “que instituiu o regime de teletrabalho nas dependências do serviço judicial, em decorrência das medidas temporárias de prevenção no contágio pelo COVID-19”, entre 20 de março e 20 de abril, “sendo que não serão realizadas as audiências de qualquer natureza neste período”. Além do julgamento do caminhoneiro, Depra determinou a suspensão de todas as audiências e sessões de júri marcadas para a Comarca de Tabporã.

O juiz também analisou a prisão preventiva do réu, em razão da pandemia de coronavírus. Para o magistrado, além de o caminhoneiro não estar no grupo de risco, “não se vislumbra impedimento ou empecilho ao regular exercício dos direitos constitucionais à vida, saúde e dignidade da pessoa humana, em face do surgimento da referida doença viral, eis que igualmente priorizado e aderido medidas de prevenção nas unidades penais e cadeias públicas de todo o Estado de Mato Grosso”.

Conforme Só Notícias já informou, um laudo feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) chegou a apontar que o acusado é portador de esquizofrenia. Porém, o Ministério Público Estadual pediu a não homologação do exame, justificando que o resultado se pautou apenas nos relatos do suspeito e seu pai, “os quais são diretamente interessados no reconhecimento de insanidade mental”.

O parecer da Promotoria foi acatado pela Justiça, que determinou a realização de um novo laudo. Este novo exame, assinado por dois profissionais contratados pelo Estado, apontou que o caminhoneiro não tinha problemas psiquiátricos na época do crime. O incidente de insanidade mental foi instaurado a pedido da defesa.

O duplo homicídio ocorreu em uma residência localizada na rua Oscar Kunio Kawakami, no centro de Tabaporã. As vítimas foram atingidas por várias facadas, não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Elas foram encontradas mortas por um parente, que acionou a PM.

Após conversar com familiares das mulheres, os militares se deslocaram até a residência do ex-namorado de Adriana, na rua Ari Zendron, uma vez que ele havia sido apontado como possível suspeito. No local, os policiais encontraram o acusado, com as mãos ensanguentadas e o prenderam.

Segundo a PM, o homem estava “transtornado” e confessou o crime, sem dar muitos detalhes sobre a motivação. Em uma das versões contadas, ele afirmou apenas que discutiu com Adriana e a esfaqueou. Cleide teria “entrado na briga” e acabou atingida por golpes de faca também. O acusado foi conduzido para o presídio de Porto dos Gaúchos (248 quilômetros de Sinop).

As vítimas eram moradoras de Tabaporã. Adriana trabalhava como recepcionista no Fórum e Cleide era aposentada.

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