PUBLICIDADE

Júri de caminhoneiro acusado de matar duas mulheres no Nortão é adiado; juiz mantém prisão

PUBLICIDADE
Só Notícias/Herbert de Souza

O juiz Rafael Depra Panichella suspendeu o júri popular do caminhoneiro suspeito de assassinar Adriana Gonçalves Ferreira, 36 anos, e a mãe dela, Cleide Camporezi Ferreira, 61 anos, em julho de 2016, em Tabaporã (197 quilômetros de Sinop) e o julgamento seria no próximo dia 2. Ainda não foi marcada nova data para a sessão.

O magistrado justificou o adiamento com base em decisão do Tribunal de Justiça “que instituiu o regime de teletrabalho nas dependências do serviço judicial, em decorrência das medidas temporárias de prevenção no contágio pelo COVID-19”, entre 20 de março e 20 de abril, “sendo que não serão realizadas as audiências de qualquer natureza neste período”. Além do julgamento do caminhoneiro, Depra determinou a suspensão de todas as audiências e sessões de júri marcadas para a Comarca de Tabporã.

O juiz também analisou a prisão preventiva do réu, em razão da pandemia de coronavírus. Para o magistrado, além de o caminhoneiro não estar no grupo de risco, “não se vislumbra impedimento ou empecilho ao regular exercício dos direitos constitucionais à vida, saúde e dignidade da pessoa humana, em face do surgimento da referida doença viral, eis que igualmente priorizado e aderido medidas de prevenção nas unidades penais e cadeias públicas de todo o Estado de Mato Grosso”.

Conforme Só Notícias já informou, um laudo feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) chegou a apontar que o acusado é portador de esquizofrenia. Porém, o Ministério Público Estadual pediu a não homologação do exame, justificando que o resultado se pautou apenas nos relatos do suspeito e seu pai, “os quais são diretamente interessados no reconhecimento de insanidade mental”.

O parecer da Promotoria foi acatado pela Justiça, que determinou a realização de um novo laudo. Este novo exame, assinado por dois profissionais contratados pelo Estado, apontou que o caminhoneiro não tinha problemas psiquiátricos na época do crime. O incidente de insanidade mental foi instaurado a pedido da defesa.

O duplo homicídio ocorreu em uma residência localizada na rua Oscar Kunio Kawakami, no centro de Tabaporã. As vítimas foram atingidas por várias facadas, não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Elas foram encontradas mortas por um parente, que acionou a PM.

Após conversar com familiares das mulheres, os militares se deslocaram até a residência do ex-namorado de Adriana, na rua Ari Zendron, uma vez que ele havia sido apontado como possível suspeito. No local, os policiais encontraram o acusado, com as mãos ensanguentadas e o prenderam.

Segundo a PM, o homem estava “transtornado” e confessou o crime, sem dar muitos detalhes sobre a motivação. Em uma das versões contadas, ele afirmou apenas que discutiu com Adriana e a esfaqueou. Cleide teria “entrado na briga” e acabou atingida por golpes de faca também. O acusado foi conduzido para o presídio de Porto dos Gaúchos (248 quilômetros de Sinop).

As vítimas eram moradoras de Tabaporã. Adriana trabalhava como recepcionista no Fórum e Cleide era aposentada.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Veículos ficam danificados após colisão em cruzamento em Sorriso

Dois veículos ficaram bastante danificados após colidirem no cruzamento...

Apostadores de Sinop e Sorriso ganham prêmio na Quina

Dois apostadores de Sinop e Sorriso acertaram, ontem à...

Escola técnica abre 640 vagas para cursos em Nova Mutum e mais 11 cidades

A secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação inicia...

Caminhão tanque bate em árvore em rodovia em Mato Grosso

O acidente com o caminhão tanque carregado com resíduos...
PUBLICIDADE