A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, decidiu por manter a prisão preventiva de um dos acusados de envolvimento no latrocínio do empresário Paulo Terao, 46 anos, ocorrido em junho de 2015. A defesa alegou, conforme consta no processo, que não estavam “presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva”. O Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou contrário à soltura.
A magistrada levou em consideração o histórico criminal do suspeito. “Verifica-se tratar-se de pessoa dedicada à prática de ilícitos, cuja liberdade põe em risco a ordem pública. Assim, a prisão preventiva faz-se necessária para evitar que, em liberdade, o acusado venha encontrar os mesmos estímulos que o levou a prática do delito em análise”.
Rosângela também apontou que a defesa não apresentou elementos novos que justificassem a soltura. “Predicados pessoais, ocupação lícita e domicílio fixo não são, por si sós, suficientes para afastar a concorrência dos pressupostos e requisitos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal”, destacou a juíza.
Conforme Só Notícias já informou, ainda no ano passado, Rosângela abriu prazo prazo para alegações finais de todos os suspeitos de participarem do latrocínio. No total, seis homens respondem por suposta participação. Um deles, conseguiu, no final do ano passado, o direito de aguardar a sentença em liberdade. Ele é suspeito de ter emprestado um veículo utilizado por um parente para cometer o crime. Rosângela, então, entendeu que a liberdade do réu não mais oferecia “risco à garantia da instrução processual”. O Ministério Público também opinou pela soltura.
Logo após serem presos, todos negaram envolvimento na morte do empresário e alegaram que este se jogou do veículo em movimento. Porém, de acordo com a Polícia Civil, Paulo foi morto a coronhadas e, posteriormente, jogado pela quadrilha, na BR-163. O empresário foi dominado quando chegava em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um criminoso assumiu a direção e levou o empresário junto.
O corpo de Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado horas depois às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio. A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde. A atuação conjunta das delegacias de Polícia Civil, serviço de inteligência e cúpula da segurança resultou na prisão dos envolvidos, cinco dias após o crime. Os quatro suspeitos foram presos em Nova Mutum e Sinop. Um já estava preso e o outro foi capturado em julho.