A juíza Daiane Marilyn Vaz decidiu manter na cadeia um homem e uma mulher acusados de envolvimento no homicídio de João Martins de Souza. A vítima foi morta a marteladas, em abril do ano passado, na própria residência, localizada na rua Vilhena, no bairro Renascer, no município de Brasnorte (400 quilômetros de Sinop).
Ao reanalisar a prisão dos suspeitos, a magistrada destacou que, mesmo que eles tenham negado o crime, os indícios de autoria recaem sobre eles. Ela também citou a gravidade do homicídio, que teria ocorrido por motivo fútil e maneira cruel.
“Observa-se, ainda, a proporcionalidade da medida aplicada, sendo a única necessária, suficiente e adequada para acautelar o feito na situação específica apresentada, notadamente porque constato que não há fato novo, ou modificação dos fatos, que dê ensejo à alteração dos pressupostos das prisões preventivas, subsistindo, ainda, os fundamentos explanados em decisão que a decretou”, disse a juíza.
Em agosto do ano passado, a magistrada decidiu que o homem e a mulher irão a júri popular. De acordo com a decisão, os acusados serão submetidos a júri popular por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e por motivo fútil. Ainda não há data para o julgamento.
Segundo a denúncia, os suspeitos estavam na casa de João, quando decidiram assassiná-lo. O crime teria sido motivado pelo não pagamento de uma dívida por parte da vítima aos acusados. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que os criminosos atingiram João com vários golpes de martelo na cabeça e, em seguida, fugiram.
Na decisão em que determinou o júri, a juíza entendeu que há indícios de que os acusados estiveram na casa da vítima na noite em que o homicídio ocorreu. “Além disso, restou inexplicada a razão de os réus terem partido em viagem à cidade de Tangará da Serra, no dia imediatamente posterior ao crime, com o mesmo veículo avistado na casa da vítima na noite do delito – aparentando, portanto, que estavam foragindo de Brasnorte”.
A mulher está presa na cadeia pública feminina de Nortelândia. Já o outro réu segue na cadeia pública de Tangará da Serra.
