juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano determinou que o principal suspeito de assassinar Carlos Alberto Santos, 27 anos, seja levado a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A vítima foi morta a facadas, em 1º de setembro de 2018, no bairro Rota do Sol.
O réu confessou o crime. Ele disse que estava bebendo com um amigo em um bar, quando saiu para ir ao banheiro e deixou a carteira em cima da mesa. Ao retornar, segundo ele, o dinheiro não estava mais dentro da carteira. O suspeito contou que, ao questionar quem havia pegado a quantia, Carlos Alberto, que estava no local, se irritou e avançou sobre ele. O homem afirmou que pegou uma faca, que estava sobre um banco, e acabou “furando” a vítima.
O homem chegou a fugir em um VW Gol vermelho, porém, foi preso pela Polícia Militar, em seguida. Ele ficou preso alguns meses no Centro de Ressocialização em Sorriso. Em março do ano passado, por decisão do Tribunal de Justiça, foi colocado em liberdade.
“Assim, embora existam versões antagônicas sobre o desenrolar dos fatos, a menção a uma discussão previa sobre o suposto furto de certa quantia de dinheiro subsiste nos depoimentos apresentados pelos envolvidos. Ressalte-se que, sendo a pronúncia mero juízo de admissibilidade da acusação, a exclusão das qualificadoras só deve ocorrer diante de sua manifesta incompatibilidade com o contexto fático, devendo qualquer dúvida quanto a sua ocorrência ser levada ao crivo dos jurados”, disse a magistrada.
Carlos Alberto era solteiro e trabalhava como marmorista. Ele foi velado e sepultado em Sorriso.