quinta-feira, 25/abril/2024
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Juíza decide soltar acusado de envolvimento em assassinato de mulher em Sinop

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, mandou soltar um dos acusados de envolvimento no homicídio de Erivalda Vieira da Silva, 51 anos, em julho de 2015. O rapaz de 24 anos é suspeito de ter escrito e deixado na cena do crime um bilhete, como forma de despistar sobre a autoria do assassinato, possivelmente cometido pelo esposo da vítima. “Você me conhece. Você me chamou de vagabundo. Primeiro vai você. Depois vai seu marido e seu filho e quem mais aparecer na frente”.

Com parecer do Ministério Público Estadual (MPE), a magistrada determinou a reabertura da instrução processual, que já estava encerrada. O objetivo é “melhor elucidar os fatos”. Na mesma decisão, Rosângela destacou que “não subsistem os motivos para manutenção da prisão do acusado”. Ele foi preso em 2015 e somente não será colocado em liberdade caso esteja segregado por outro motivo.

Por outro lado, para a magistrada, “continuam presentes os motivos ensejadores da constrição cautelar” do viúvo da vítima. Ela determinou realização de nova audiência de instrução e julgamento, marcada para o dia 7 de março. Na ocasião serão, mais uma vez, ouvidas testemunhas de acusação e defesa e feito interrogatório do rapaz de 24 anos.

Ano passado, o desembargador Pedro Sakamoto, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou um pedido de habeas corpus, feito pela defesa do acusado de escrever o bilhete. Na época, a defesa alegou falta de elementos de prova hábeis a evidenciar a efetiva participação do suspeito no crime. O rapaz, justificou o advogado, confessou que escreveu o bilhete a pedido do marido de Erivalda, mas alegou que não “não chegou a imaginar quais eram as reais intenções deste”.

O acusado de envolvimento na morte de Erivalda foi preso em uma empresa, em bairro não informado. Em entrevista, ele confessou que escreveu o bilhete, porém, sob "ameaça de morte". O rapaz ainda alegou que jamais fugiu da polícia e que esteve “o tempo todo trabalhando em Sinop”. Ele foi ouvido e encaminhado para o presídio Ferrugem, onde aguarda o andamento do processo.

Conforme Só Notícias já informou, o marido de Erivalda tem 52 anos e foi preso, no início de janeiro de 2016, pela Polícia Civil de Sergipe. Ele havia sido detido naquele mesmo local, no dia 27 de novembro, mas, como se tratava de uma prisão temporária, acabou sendo colocado em liberdade. O suspeito chegou a ser interrogado por policiais, no dia do crime, e disse que estava trabalhando em uma cerâmica e foi informado pela filha sobre o homicídio. Na ocasião, ele também foi liberado após prestar depoimento.

Posteriormente, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriu o envolvimento do marido na morte da mulher. Segundo o delegado responsável pelo caso, o crime teria sido motivado por uma questão patrimonial, além de uma discussão afetiva. “São motivos muito desproporcionais para se tirar a vida de alguém”, disse Carlos Eduardo Muniz, ao Só Notícias.

Erivalda foi encontrada morta pela filha, em uma residência, na rua Rio Preto, no bairro Maria Vindilina 2. Ela disse que foi até o quarto da mãe após ouvir barulhos na casa. O Corpo de Bombeiros constatou que a vítima apresentava um profundo corte no pescoço e já estava sem vida.

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