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Juiz solta seguranças acusados de homicídio e por tentarem matar outros nove em fazenda em MT

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Só Notícias/Gazeta Digital

Os quatro seguranças presos em flagrante pela polícia em Colniza (1.016 km de Cuiabá) após a morte de Elizeu Queres de Jesus, 38 anos, na fazenda Bauru, do ex-deputado estadual José Riva, foram soltos, ontem à noite, por ordem do juiz plantonista Alexandre Sócrates Mendes.

Na decisão o magistrado afirmou que “a tragédia ocorreu por comportamento abusivo e ilegal dos posseiros”, que não respeitaram a decisão judicial que os impedia de chegar próximo aos limites da fazenda.

O juiz ainda deixou consignado que o ordenamento jurídico autoriza o proprietário a exercer a autodefesa de seu patrimônio. Por tais razões, o juiz considerou o flagrante ilegal e relaxou as prisões.

Os vigilantes já estão soltos e tiveram que sair da delegacia escoltados pela polícia por receio de sofrerem emboscada.

Conforme Só Notícias já informou, além da morte de Elizeu, outras 8 pessoas ficaram feridas. De acordo com informações de uma policial militar, as vítimas baleadas foram encaminhadas ao hospital municipal.  “Quatro das nove pessoas baleadas já foram avaliadas pelos médicos e liberadas. Três pessoas permanecem internadas no hospital municipal e outras duas foram levadas em estado grave em uma UTI aérea para cidade de Juína”.

Com os seguranças foram apreendidas uma espingarda calibre 12, duas pistolas 380, e um revólver calibre 38. Em depoimento, alguns dos feridos declaram que nenhum dos posseiros portava arma de fogo. Além disso, o delegado à frente da investigação, Alexandre da Silva Nazareth pontuou que “os elementos de informação produzidos pela perícia, até o momento, nos levam a acreditar que não houve confronto armado, pois só foram encontradas cápsulas de armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade”, disse Nazareth, através da assessoria.

A delegacia de Polícia de Colniza chegou a solicitar reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.

O Grupo de Atuação em Perícias Especiais (GAPE) também foi acionado para a realização de perícia oficial e identificação técnica na propriedade rural. Esta é a primeira ocorrência que conta com o auxílio do GAPE, instituído em 2017, com a missão de aperfeiçoar e garantir um atendimento técnico-pericial especializado nos eventos e situações emergenciais e de alta complexidade.

Uma equipe completa da Politec, formada por quatro profissionais sendo, perito criminal, papiloscopista, médico legista e técnico em necropsia, também foram para a propriedade com o auxílio de uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

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