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Juiz marca audiência para ouvir acusados de latrocínio em Sinop

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O juiz da primeira vara criminal de Sinop, João Manoel Guerra, acolheu a denúncia do Ministério Público contra Cristiano Fioreze e Josevan Silva Dias. Eles respondem ao processo 19/2006, acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) do empresário Ernane Roque Zambiazi.

O juiz designou o interrogatório dos dois para o dia 26 de junho, às 13:00h. O juiz destacou que acolheu a representação pela prisão preventiva devido à existência material do crime. “Existem fortes indícios da autoria, recaindo nas pessoas dos réus. A medida se faz necessária, vez que os fatos causaram comoção social, indignação e insegurança na população sinopense, valendo destacar a ousadia e frieza dos latrocidas, os quais praticaram o horrendo crime em plena luz do dia, dentro da área central de Sinop, e lembrando que o executor dos disparos estava de cara limpa como se fosse inatingível (acima da lei), demonstrando, assim, serem pessoas desprovidas de valores éticos, morais e de piedade, que não têm a menor sensibilidade para com a vida dos semelhantes”, diz o juiz em sua citação.

A prisão preventiva está sendo cumprida na Penitenciária Ferrugem, em Sinop, onde os réus já se encontram presos por força de prisão em flagrante em outro crime. Como Só Notícias já informou, o empresário foi morto no dia 16 de janeiro, logo depois de sair de uma agência bancária de onde tinha sacado R$5 mil.

Ele estava chegando em sua residência quando foi abordado pelos dois assaltantes. Um deles, que estava como passageiro na moto, não usava capacete. Depois de anunciar o assalto, acabou disparando contra o empresário que acabou morrendo à caminho do hospital.

No dia 16 de março, Cristiano e Josevan foram presos, juntamente com Odair de Jesus Silva, 32 anos, conhecido como Mazú e Elias Rodrigues de Paula, o Tigrão. Ainda está foragido Cláudio Dias de Souza, acusado de pertencer à mesma quadrilha. Na casa deles, no bairro Jacarandás, a a polícia encontrou 30 papelotes de pasta-base, jóias desmanchadas e várias etiquetas de jóias furtadas, 24 celulares, alguns clonados, seis aparelhos televisores e dois computadores.

No dia seguinte, eles foram reconhecidos por testemunhas do latrocínio. De acordo com as testemunhas, Josevan pilotava a moto e Cristiano, que estaria sem capacete, teria atirado em Zambiazi. O fato causou estarrecimento na sociedade, porque os dois trabalhavam em uma empresa conceituada e eram pessoas conhecidas. Fioreze era acadêmico.

Além do latrocínio, eles respondem processo por tráfico de entorpecentes.

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