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Juiz diz que crime “aterrorizou” comunidade e decreta prisão de acusado de matar ex no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O juiz Antônio Fábio da Silva Marquezini (foto) decretou a prisão preventiva do principal suspeito de matar Daniela Erica Cordeiro de Campos, 23 anos. O corpo da jovem foi encontrado, na semana passada, em uma cova com profundidade de aproximadamente 1,5 metro, nas proximidades da MT-206, sentido Usina Teles Pires, a cerca de 10 quilômetros da cidade de Paranaíta (362 quilômetros de Sinop).

Ao decretar a prisão, o juiz levou em consideração a confissão do acusado, que admitiu ter matado Daniela em razão de uma suposta traição. Para o magistrado, “o crime em questão aterrorizou a comunidade local, eis que cometido com assoberbada frieza e crueldade. Logo, restou abalada a ordem pública, sendo necessário o seu reestabelecimento, através da decretação da medida extrema ora pleiteada”.

Antônio ainda ressaltou que, após supostamente matar e sumir com o corpo da vítima, o suspeito “montou uma versão à autoridade policial”, afirmando que a companheira teria ido embora de Paranaíta “sem deixar vestígios”, sustentando o depoimento por mais de um ano. “Após, o acusado foi embora, somente sendo encontrado no município de Apiacás, ocasião que foi preso após o cumprimento do mandado de prisão temporária expedido por este juízo, o que evidencia sua frieza e sagacidade”,

Conforme Só Notícias já informou, Daniela estava desaparecida desde abril do ano passado e o corpo dela foi localizado pela Polícia Civil, no mês passado. O ex-companheiro da vítima, apontado como autor do crime foi preso na cidade de Apiacás (1 mil km de Cuiabá). O suspeito teve o mandado de prisão temporária decretado pela justiça, por homicídio e ocultação de cadáver.

Conforme o delegado de polícia Marcos Cézar Faria Lyra, no decorrer do inquérito instaurado os policiais civis identificaram o ex-companheiro da vítima, como principal suspeito, bem como os indícios de homicídio e ocultação de cadáver. As diligências iniciaram no dia 28 de abril de 2018, após a mãe da jovem procurar a delegacia para comunicar o desaparecimento da filha. “Com base nas informações levantadas, a equipe da delegacia de Paranaíta logrou êxito em mapear e descobrir o ponto exato onde o corpo estaria”.

Ao ser surpreendido pelos policiais civis de Apiacás, e ter a ordem judicial de prisão temporária cumprida, o suspeito foi novamente interrogado por Marcos Lyra, ocasião em que decidiu confessar os fatos. Ele alegou motivo passional, afirmando que estava sendo traído pela vítima, por isso perdeu o controle emocional, vindo durante uma discussão a praticar o crime.

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