A prisão preventiva da avó, de 33 anos, da recém-nascida indígena foi decretada pelo juiz da 1º vara criminal Darwin Souza Pontes. A investigação apontou que ela auxiliou a bisavó enterrar a criança nos fundos do quintal da residência onde a família reside, no bairro Nova Canarana, no município de Canarana, na última terça-feira.
Consta no processo, que ela “ministrou durante todo o período gestacional de sua filha, (adolescente de 15 anos) chás abortivos, sem sucesso, onde veio a pedir ajuda de sua mãe, bisavó da vítima, para auxiliá-la a se desfazer da bebê. A cova havia sido feita pela manhã, demostrando que toda a empreitada criminosa havia sido pormenorizadamente planejada. Com o nascimento da vítima, foi introduzindo um pano em sua boca para que não chorasse, logo após, enrolaram outro pano em seu corpo e a enterraram viva.
Ontem, o mesmo juiz converteu a prisão em flagrante da bisavó, de 57 anos, para preventiva durante audiência de custódia. Ela foi encaminhada para uma unidade prisional em Nova Xavantina por questões de segurança.
Conforme Só Notícias já informou, a bebê foi resgatada por policiais militares e civis, que receberam a denúncia da situação, começaram a escavar e se surpreenderam com o choro da recém-nascida, que foi salva com vida. Ela chegou a ser levada ao hospital em Água Boa. Porém, precisou ser transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá. O estado de saúde dela é considerado gravíssimo.
De acordo com a Gazeta Digital, a recém-nascida foi transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa da Misericórdia em Cuiabá, mas apresentou piora clínica, ontem à noite. A criança está entubada, respira com ajuda de aparelhos e foi operada às pressas.
Quando foi transferida para a capital na noite da última quarta-feira, ela apresentava um quadro grave de infecção generalizada e insuficiência respiratória. Agora, em boletim divulgado, hoje de manhã, a Santa Casa informou que a criança “apresentou recorrência dos sangramentos digestivos e também piora das escórias renais devido ao quadro de sepses que apresenta.
Os profissionais responsáveis pelo acompanhamento da recém-nascida decidiram submetê-la a uma intervenção cirúrgica. Conforme o hospital, o procedimento se faz necessário para passagem de cateter de tencokff e realizar diálise peritoneal.