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Italiano preso em Mato Grosso é encontrado morto em presídio

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Preso em Mato Grosso ao tentar tirar passaporte com documentos falsos, o italiano Vincenzo Pompei, 50 anos, foi encontrado morto dentro da cela que ocupava na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Em 2001, ele foi preso no Rio de Janeiro e, segundo a Polícia Federal, era procurado pela Interpol pelos crimes de tráfico de drogas internacional e posse ilegal de armas de fogo e explosivos. A PF de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para investigar a circunstância da morte.

Informações do Departamento Penitenciário de Campo Grande apontam que o italiano foi encontrado enforcado na manhã de terça-feira (15), possivelmente vítima de suicídio. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia. O laudo vai compor o inquérito aberto pela PF.

Pompei foi preso pela última vez por policiais federais de Barra do Garças (região Leste) ao ser detectada a tentativa de fraude na retirada de um passaporte com documentos falsos. Ao verificar a identidade do acusado, a PF descobriu que se tratava de um foragido da polícia italiana, acusado de pertencer a uma máfia daquele país. No Brasil, um pedido de extradição tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2002. Com essa justificativa, o italiano teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para Campo Grande.

Por e-mail, o advogado Gaudêncio Santiago do Carmo, do Ceará, que defendia o estrangeiro, destacou que ele “não deveria estar naquele presídio. Não houve fiscalização das autoridades, haja vista sofrer de distúrbios psicológicos e tomar remédios controlados”.

Na mensagem, o defensor apontou ainda que várias injustiças foram cometidas contra o seu cliente. Carmo foi procurado, mas as ligações feitas ao número de telefone informado no e-mail não foram atendidas.

Em 2001, Vincenzo foi preso no Rio de Janeiro pelas polícias brasileira e italiana. Em depoimento ao STF, que julgou o pedido de extradição do estrangeiro, ele negou as acusações feitas contra ele, incluindo envolvimento com uma máfia do seu país. Rebateu a acusação de envolvimento em homicídios e garantiu ter a documentação da arma, que a polícia alegava ser ilegal. Acusou ainda os agentes italianos de cometerem truculência contra a família dele e não ter medo de voltar para a Europa. Porém, justificou o interesse de permanecer no Brasil por ter um filho nascido aqui.

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