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Irmãos são condenados a mais de 20 anos de cadeia por morte de funileiro na UPA em Sinop; alvo era agente

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

Foram condenados em júri popular realizado nesta terça-feira, os dois irmãos responsáveis pela morte do funileiro Rafael Soares dos Santos, 29 anos. A vítima foi morta, a tiros, por engano, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada na avenida André Maggi, em julho de 2015. O alvo dos criminosos era um agente prisional que trabalhava na unidade médica.

Robson Gonçalves da Silva, 29 anos, mandante do crime, foi sentenciado a 24 anos, 4 meses e 13 dias de reclusão. O irmão dele, Bruno Gonçalves da Silva, 30 anos, apontado como executor do homicídio, em conjunto com um adolescente, foi condenado a 21 anos, 9 meses e 10 dias de cadeia. Os dois cumprirão a pena em regime fechado e, assim, seguirão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Eles ainda podem recorrer.

As investigações apontaram que o agente alvo dos criminosos trabalhava no presídio Ferrugem, onde Robson estava detido. O presidiário estava em um “raio” da unidade penitenciária que sofreu uma “intervenção” dos agentes, inclusive com disparo de munição de borracha. A ação teve início após os servidores flagrarem um detento ingerindo bebida alcoólica artesanal. O episódio foi registrado em ata do presídio.

O inquérito apontou que, por vingança, Robson então ordenou que o irmão executasse o agente. Dias depois, Bruno e um adolescente de 15 anos foram até a UPA, a procura do servidor. A dupla, no entanto, acabou confundindo Rafael, que estava no local visitando o filho de dois anos. Na saída da unidade, o funileiro foi atingido pelos disparos e morreu na hora.

Bruno foi preso, dois dias depois, em casa, no Jardim Novo Estado. Uma pistola 380 (calibre semelhante a que foi utilizada na execução) foi apreendida com algumas munições. O outro envolvido, um adolescente de 15 anos, é o principal acusado de disparar contra Rafael. Ele se apresentou na delegacia da Polícia Civil e confessou ter atirado na vítima. Ele confirmou a versão de que o alvo não seria o funileiro e, sim, um agente prisional.

O adolescente não apontou, entretanto, se receberia algo em troca pela morte do agente. O menor foi apreendido e encaminhado para o centro de ressocialização, onde cumpriu medida socioeducativa.

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