PUBLICIDADE

Instituto aponta que Mato Grosso teve aumento de 31% em alertas de desmatamentos

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

O Instituto Centro de Vida (ICV) informou, esta tarde, que  Mato Grosso manteve sua posição como segundo estado que mais desmata a floresta amazônica em território brasileiro, atrás apenas do Pará. Foram 1.880 km² de áreas com alertas de desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano, na região mato-grossense do bioma, um aumento de 31% em relação ao mesmo período entre 2018 e 2019, quando registrou 1.436 km².

O número equivale a uma área maior que o município de São Paulo de mata derrubada e representa 20% do desmatamento registrado em toda a Amazônia no país. O índice também demonstra uma alta consecutiva no estado, que ano passado contabilizou o aumento de 26% nos alertas em comparação ao período de 2017 a 2018.  Já o Cerrado teve 567 km² de áreas com alertas no mesmo período, uma redução de 47% em relação ao levantamento anterior, quando registrou 1.076 km².

Os dados foram compilados pelo novo painel interativo lançado para monitoramento do desmatamento da Amazônia e do Cerrado em Mato Grosso a partir do Deter, sistema de alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os painéis serão atualizados mensalmente com os dados do novo período do calendário oficial de monitoramento do sistema, de agosto deste ano até julho de 2021. A plataforma permite realizar comparativos das informações desde 2017 e dispõe de filtros de meses, categorias fundiárias e municípios. No bioma Amazônia, os alertas incluem desmatamentos com solo exposto, com vegetação e derrubadas resultantes de atividades ligadas à mineração.

Na Amazônia mato-grossense, os imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) concentram a maior parte dos alertas (58%), seguidos das áreas não cadastradas (29%) e dos assentamentos rurais (10%). O painel também mostra a incidência dos alertas em áreas protegidas, que tiveram 51 km² de área desmatada no período, dos quais 44 km² ocorreram em Terras Indígenas (TIs).

Um destaque foi o aumento de 423% dos alertas de desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral e de domínio público em comparação ao período de 2018 a 2019, quando foi contabilizado 1,3 km². A mais impactada foi a Estação Ecológica do Rio Roosevelt, que teve 4,3 km² de área desmatada.

A unidade de conservação está localizada em Colniza, que lidera o ranking dos municípios com 220 km² de áreas abertas, o correspondente a 12% de toda área de alertas de desmatamento na Amazônia mato-grossense. É seguida por Aripuanã, com 157 km², Marcelândia, com 140 km², e União do Sul, com 136 km². Os quatros somam mais de 1/3 dos alertas de desmatamento no bioma.

No Cerrado, os alertas também se concentram em imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (61%), seguidos das áreas não cadastradas (21%) e dos assentamentos rurais (11%). As áreas protegidas responderam por 7% da área desmatada no bioma em Mato Grosso, com cerca de 40 km². Com 19 km² de novas áreas abertas, a Terra Indígena Pareci foi a mais afetada e representou quase metade de todo o desmatamento detectado em Terras Indígenas (TIs) no Cerrado mato-grossense. Os municípios que lideram a lista são Comodoro, com 50 km², Cocalinho, com 34 km², Rosário do Oeste, com 34 km² e Campos de Júlio, com 32 km². Juntos, somam 1/4 de toda a área de alertas detectados no bioma.

Além dos painéis de Alertas de Desmatamento, o Instituto Centro de Vida (ICV) lançou o Monitor de Queimadas para monitorar os focos de calor no estado durante o período proibitivo de queimadas, que termina no dia 30 de setembro. Em sua última atualização, o painel mostrou que, apenas nos dez primeiros dias de agosto, Mato Grosso superou os números de focos de calor registrados em julho inteiro.

Conforme Só Notícias já informou, ontem, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhado do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes destacou após sobrevoar com helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) as regiões atingidas por incêndios no Pantanal, a ajuda que aviação agrícola está prestando para acabar com os incêndios com utilização retardantes de chamas. O produto também está sendo aplicado pelas aeronaves dos governos do Estado e Federal.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PreviSinop abre inscrições de concurso com salários de até R$ 8,1 mil

O Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de...

Jovem cochila pilotando moto, bate em poste e fica ferido em Sinop

O Corpo de Bombeiros foi acionado, hoje de manhã,...
PUBLICIDADE