Cerca de 50 índios da etnia Tapirapé fizeram manifesto, ontem, durante reunião com a promotora de Justiça de Porto Alegre do Norte (687 quilômetros de Sinop), Rebeca Santana Rêgo, quatro caciques e o pai do professor indígena, Daniel Kabixana Tapirape, 37 anos, que foi assassinado, a pedradas, no último dia 16 de janeiro, em Confresa. De acordo com um assessor jurídico, os indígenas cobraram celeridade para que os acusados de envolvimento no crime sejam julgados logo. A manifestação foi pacífica e não houve invasão a sede do MP.
Dois jovens, de 18 e 22 anos, foram presos e um adolescente, de 15 anos, apreendido acusados de envolvimento na morte do professor. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos confessaram que o indígena foi morto durante a tentativa de roubar a moto e o dinheiro dele.
O corpo só foi encontrado após as prisões, no dia 29 do mesmo mês. Ele era da aldeia Hawalora, no município de Santa Terezinha.
Anteriormente, o delegado André Rigonato informou que a abordagem do professor ocorreu em um bar, na área central da cidade. Os suspeitos perceberam que o professor indígena tinha dinheiro e decidiram assaltá-lo. Ele reagiu, houve luta corporal e terminou morto a pedradas. Os suspeitos afirmam que levaram R$ 20 e a motocicleta.
De acordo com a família, o indígena saiu da aldeia com documentos, cartão de crédito e R$ 4 mil, que levava para depositar em uma agência bancária em Confresa.