A implementação do Instituto de Pesquisas do Pantanal (INPP), de forma independente, deve ocorrer no dia 2 de fevereiro, em Cuiabá, com a presença do presidente Michel Temer e do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.
A data foi definida em reunião, ontem, em Brasília, entre o ministro, o vice-governador Carlos Fávaro e o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Teixeira, um dos coordenadores da Comissão do Plano Científico que criou o INPP.
A data escolhida é o Dia Mundial das Áreas Úmidas, instituído pelo Comitê Permanente da Convenção de Ramsar. Com o aumento da preocupação mundial em relação aos eventos climáticos extremos. A Convenção de Ramsar escolheu como tema de 2017 a discussão sobre a importância das Áreas Úmidas para a Redução de Riscos de Desastres.
Na ocasião, o ministro Kassab se comprometeu em interceder para aprovação no Ministério do Planejamento para a contratação de um diretor local para início das atividades no Instituto em Mato Grosso.
O vice-governador pontuou a disposição do governo em auxiliar em questões que vão de encontro com as necessidades da sociedade, bem como que venham contribuir para o desenvolvimento do Estado. "O Instituto é patrimônio da humanidade e trará pesquisas de direcionamentos para o nosso pantanal."
Para o professor Paulo Teixeira, a reunião foi bastante positiva. "O ministro se comprometeu em se empenhar para que essa situação se resolva. O apoio do vice-governador foi muito importante. Ele vestiu a camisa, afinal Mato Grosso é parceiro nesse projeto e o vice teve essa sensibilidade para nos apoiar".
Teixeira explicou que a luta para essa implementação já vem de tempo. Inclusive, abaixo assinados de pesquisadores já foram feitos. A própria reitora da Universidade Myrian Serra e ele já estiveram em Belém do Pará no Museu para tratar dessa questão, pontua. A mesma só não acompanhou a reunião em Brasília por conta de problemas de saúde.
O INPP foi inaugurado em setembro de 2013 e desenvolve atividades de pesquisa e pós-graduação. O Instituto ainda é ligado a base avançado do Museu Paraense Emílio Goeldi, apesar de ter sede no campus da UFMT. O INPP é um núcleo fundamental de formação de conhecimento científico e de estudo sobre a biodiversidade e a realidade sociocultural formada em meio a maior planície alagada do mundo.