A Operação Boa Viagem desencadeada pelo Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso (Imeq-MT) não apresentou resultados favoráveis quanto aos veículos de transportes urbanos e rodoviários. O quesito acessibilidade ainda precisa de investimentos. Os demais itens verificados não apresentaram problemas. A Operação aconteceu nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Jaciara e Rondonópolis entre os dias 28 de junho a 11 deste mês.
A notícia é positiva para os usuários e ocupantes de motocicletas e similares e também para as famílias que tenham crianças. Dos 517 capacetes fiscalizados em 17 estabelecimentos, nenhum foi reprovado. Os dispositivos de retenção para crianças (cadeirinhas) também não apresentaram reprovação. Foram visitados 20 estabelecimentos e 248 cadeirinhas analisadas e todos passaram pelo crivo da conformidade. "São itens que vêm sendo monitorados há algum tempo, então já se adequaram à realidade do mercado. Esperamos que continue assim e que o consumidor seja seletivo na hora da compra do seu equipamento", justificou Bento Francisco Gomes Bezerra, coordenador de Avaliação da Conformidade do Imeq.
O problema detectado está no quesito adaptação de acessibilidade e o alvo foram os veículos com característica "rodoviário" para transporte coletivo de passageiro e também "urbano" com a mesma finalidade. Foram reprovados 49 veículos dos 74 fiscalizados no segmento rodoviário e outros 273 reprovados de um total de 336 veículos para o transporte urbano vistoriados.
"A maioria das empresas (proprietários) está muito preocupada em se adaptar. O custo para a plataforma elevatória é alto, estão planejando vender e comprar veículos novos adaptados direto da fábrica. Após a fiscalização, um dos estabelecimentos visitados que apresentou 17 ônibus regulares dos 23 que possui, optou por vender os seis com problemas e comprar novos", revelou o coordenador da Fiscalização.
Segundo Bento, os empresários reivindicam uma ação do gestor público no sentido de melhorar os pontos de paradas dos veículos. No caso dos veículos adaptados para portadores de necessidades especiais (acessibilidade) há necessidade que o ponto de parada seja plano, com a superfície nivelada. É que a plataforma de embarque vai até o chão e como a maioria deles são o solo é mais alto ou com meio fio, impossibilita que ela vá até o chão, causando danos. Segundo eles (empresários), a maioria dos ônibus 2010-2011 está com problemas nesse sentido, "pois as condições onde operam não são favoráveis".
Mato Grosso foi o único Estado que alterou o período da Operação, estendendo o prazo, justamente para vistoriar o maior número de veículos por apresentarem a não conformidade.