O Tribunal do Júri condenou a oito anos de reclusão Everaldo Roberto Martins, 45 anos, apontado como autor de uma tentativa de homicídio contra a ex-companheira, em fevereiro deste ano, em uma residência localizada na rua Santana, no bairro Jardim Paulista 2. Everaldo tentou atirar na vítima pelo vidro no muro, mas a mulher conseguiu correr e não foi atingida.
A mulher disse que havia encerrado o relacionamento cerca de 40 dias antes da tentativa de homicídio. No dia do crime, o homem foi até sua residência e se ajoelhou em frente ao portão, pedindo apenas para “dar um abraço nela”. A vítima continuou afirmando que não iria abrir o portão, quando Everaldo foi até a moto, onde estava uma mochila, pegou uma arma e começou a atirar no vidro. Em seguida, fugiu em uma motocicleta, mas acabou preso, logo depois, no Alto da Glória.
Em depoimento, ele negou que tenha tentado matar a ex. Everaldo alegou que estava com a arma, pois trabalhava em uma fazenda e matava porcos do mato. Segundo sua versão, ele pegou o revólver com intenção de atirar na própria cabeça, mas acabou disparando para o chão e se assustou. As demais munições deflagradas encontradas no tambor da arma, haviam sido disparadas anteriormente, na fazenda, de acordo com o depoimento.
Everaldo foi submetido a júri popular e a maioria dos jurados acatou a tese da acusação, de que ele cometeu o crime de homicídio na forma tentada com a qualificadora do feminicídio. Pelo crime, ele foi condenado a seis anos de reclusão. Já por porte de arma, pegou mais dois anos de cadeia. Ainda foi sentenciado a quatro meses de detenção por desobediência e ameaça.
O réu já estava preso, desde a data do crime, no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. No entanto, como cumprirá a sentença em regime semiaberto, teve a prisão revogada e foi colocado em liberdade. Everaldo ainda pode recorrer da condenação.
