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Henry e médicos se reúnem mas não há negociação para fim da greve

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O secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, e os médicos que estão em greve, desde o dia 10 de março, se reuniram, esta noite, na sede do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), e iniciaram as discussões em torno da pauta de reivindicação da classe. A categoria está paralisada por ser contrária a implantação do novo modelo de gestão nos hospitais regionais via contratação de Organizações Sociais

De acordo com a assessoria de imprensa do Sindimed, não houve avanço na reivindicação da categoria, mas uma nova reunião será marcada, porém, ainda não tem data definida. E a greve deve continuar por tempo indeterminado.

Os médicos dizem que o novo modelo não contempla os profissionais com um Plano de Cargos, Carreiras de Salários (PCCS), além de não prever a realização de concurso público e a regulamentação dos médicos que atuam no Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Estes profissionais desenvolvem a função de intervencionista de forma irregular, visto que o contrato desses profissionais prevê apenas a função de médico regulador.

Conforme Só Notícias já informou, cerca de 500 médicos que atendem nos hospitais regionais de Sorriso, Colíder, Rondonópolis e Cáceres cruzaram os braços. Eles suspederam 70% para os serviços de menores complexidades como consultas e cirurgias simples, inclusive as já agendadas. Os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos na totalidade. Em Sorriso e Colíder, 99 profissionais aderiram ao manifesto. Os dois hospitais atendem pacientes enviados por mais de 25 municípios, em sistema de consórcio (com prefeituras bancando parte das despesas).

Pela proposta do atual secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. O secretário disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.

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