O Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) anunciou que vai recorrer da decisão judicial que considerou ilegal a greve no Departamento Estadual de Trânsito e nas Ciretrans em dezenas de cidades. Após contra-proposta apresentada pela Secretaria da Casa Civil pedindo 30 dias, a contar do próximo dia 18, para analisar o edital e se fará ou não o concurso, os servidores decidiram manter a paralisação.
“Reiteramos na reunião com (secretário) Paulo Taques, que o edital elaborado pela UFMT com base em estudo feito por uma comissão formada por servidores do Detran, representantes do Sindicato e técnicos da SAD (Secretaria Administração) e com parecer da controladoria, preenche todos os requisitos legais. Esperávamos, no mínimo, uma proposta de avanço, que garantisse a realização do concurso e o cumprimento da lei. Portanto não será corte de ponto e nem multa de R$ 100 mil que fará a categoria retroceder nessa luta, a greve será mantida”, afirmou a presidente do sindicato, Daiane Renner.
A greve começou no dia 2 e tem como pauta somente o concurso público. Daiane aponta que o governo quer ganhar tempo porque estaria tentando achar um mecanismo para rever a lei de carreira da categoria aprovada em 2013 e consolidada desde então. “Além de estarem tentando achar um mecanismo para alterar um direito conquistado, ficam criando factóides e usando a imprensa para dizer inverdades a respeito da nossa lei e do concurso ou que a categoria passará para um salário de R$ 14 mil iniciais sendo que somente uma função do Detran com 60 servidores de nível superior pode chegar a esse salário depois de 35 anos de trabalho, na aposentadoria”, declarou a dirigente.
O concurso com 539 vagas terá salários variando de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil