Os médicos do Hospital Regional de Colíder continuam atendendo apenas casos de urgência e emergência em decorrência da greve por conta de atrasos nos salários. Eles estão sem receber desde outubro, o que soma cinco meses sem pagamentos. Por causa disso, os médicos suspenderam as cirurgias eletivas, consultas agendadas e também o pronto atendimento. A diretoria do hospital passa por uma transição e o enfermeiro Elizandro de Souza Nascimento vai assumir a direção da unidade em definitivo na próxima terça-feira (18).
Segundo Nascimento, além do atraso nos pagamentos dos médicos, também existem débitos com fornecedores como de alimentação. “A empresa que fornece a refeição dos médicos e também dos pacientes está deixando de atender. Nós fomos em busca de parcerias e um empresário da cidade do ramo de alimentação vai fornecer as refeições por dez dias, a partir de segunda-feira (17). Também estamos com um estoque baixo de medicamentos. O governo já sinalizou que vai passar a administração do hospital para o Consórcio Regional Colíder, mas enquanto isso não ocorre, estamos buscando parcerias para manter o hospital e não parar os atendimentos. A expectativa é de que uma reunião seja realizada quarta-feira (19), com representantes da Secretaria de Estado de Saúde, onde devem trazer soluções, ao menos parcial, para resolver os problemas do hospital”.
O Hospital Regional de Colíder atende pacientes de pelo menos seis municípios da região, em sistema de consórcio.