Os peritos criminais de Mato Grosso ainda não decidiram se vão entrar em greve. O presidente do sindicato da categoria, Márcio Godoy, disse, ao Só Notícias, que conversaram com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, ontem, e ele pediu um prazo para que pudesse apresentar contraproposta referente às reivindicações. Este documento deve ser apresentado, hoje, às 16h, na Casa Civil, em Cuiabá.
Márcio explicou que na proposta apresentada pedem por reajuste salarial. Segundo ele, na maioria dos estados do país o salário do perito é o mesmo que o de um delegado, porém, em Mato Grosso recebem 50% a menos. "Não precisa nem equiparar os valores, mas pelo menos aproximar do que os delegados recebem", afirmou. A categoria cobra também por melhorias estruturais como equipamentos e aumento no efetivo.
Hoje, segundo o presidente, a carga horária dos profissionais é de 44 horas semanais, mas existem casos como na cidade de Água Boa, por exemplo, em que apenas um profissional é responsável pelos atendimentos em um raio de 200 quilômetros. Ou seja, ele tem que estar disponível a todo momento, 24 horas por dia. Ele alega que o acúmulo de serviços é um problema que afeta toda a classe.
Na reunião de hoje devem estar os secretários de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, de Administração, Francisco Faiad, da Casa Civil, Pedro Nadaf, e o Diretor da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Rubens Okada.