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Funasa acusa índios de Mato Grosso de atirarem em carro

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Os índios da etnia Xavante apreenderam hoje de madrugada uma camionete da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável pelo atendimento à saúde indígena. O veículo, que presta serviços ao Pólo Base de Campinápolis (658 Km de Cuiabá), teve a bateria retirada, além dos quatro pneus perfurados por disparos de arma de fogo.  De acordo com o chefe substituto do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Xavante, João Martins, não há uma reivindicação clara para a ação. Desde o início do ano, esta já é a terceira camionete que fica retida nas mãos dos xavantes, sendo que duas delas foram entregues a cerca de apenas um mês pela Fundação.

Funcionários da Casa de Apoio a Saúde Indígena (Casai), de Campinápolis, revelaram que os índios ficaram revoltados com a morte de um paciente de 23 anos, que sofria de apendicite. O jovem foi socorrido por uma viatura da Fundação, que o levou até o Pronto Socorro Municipal de Barra do Garças, a 235 Km.

Após passar por uma cirurgia para a retirada do apêndice, o jovem contraiu uma infecção generalizada, não resistiu e acabou morrendo. Ao retornar com o corpo para a aldeia, os índios ficaram inconformados com a morte do rapaz e decidiram danificar o carro da Fundação, optando por atirar nos pneus e retirar a bateria do veículo. O motorista que é índio não sofreu. 

De acordo com o coordenador da Fundação em Mato Grosso, Marco Antônio Stangherlin, a Funasa irá registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Federal (PF) de Barra do Garças, a fim de resgatar os carros para dar continuidade aos atendimentos a comunidade. Além disso, será protocolada nesta semana uma denúncia sobre a apreensão dos veículos no Ministério Público Federal (MPF).

“Não bastasse as dificuldades que temos em chegar às aldeias, devido as péssimas condições das estradas nesta época de chuva, agora os índios decidem destruir as camionetes. No entanto, eles não percebem que o maior prejudicado nessa história eles mesmos. Apreender os carros, estourar pneus e retirar suas peças, só irá piorar a situação em que os xavantes vivem. Entretanto, a Funasa não medirá esforços em busca da consolidação de um atendimento eficaz a saúde indígena”, assinala o coordenador.

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