O Fórum Sindical, entidade que representa cerca de 30 entidades em Mato Grosso, deve buscar “medidas jurídicas” contra os projetos de lei enviados pelo governador Mauro Mendes à Assembleia Legislativa, que que afetam os servidores públicos estaduais. Entre as mensagens, está a que “define critérios” para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), reajuste dado aos funcionários com base na inflação.
“O Fórum começou a criar nova estratégia. Não podemos abrir muito o que está sendo feito. Só posso dizer que vamos tomar medidas jurídicas e, ao mesmo tempo, convocar as bases para o que vier daqui para frente, participando ativamente das audiências convocadas pelos deputados”, resumiu, ao Só Notícias, Antônio Wagner Oliveira, que é presidente em exercício da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) em Mato Grosso e membro do Fórum Sindical.
Wagner afirmou que os servidores estavam dialogando com a equipe do governador, quando foram surpreendidos pelo envio dos projetos à Assembleia. “A gente começou a se organizar por conta dos atrasos de salários e não pagamento do décimo. Chamamos o governo para a discussão sobre as perspectivas de pagamento e para mostrar cenários diferentes. Fomos surpreendidos pelo pacote de mensagens extremamente danosas. De lá para cá, o que se viu na Assembleia foi um atropelo regimental”.
Nesta quarta-feira, apesar do protesto dos servidores do Fórum Sindical, a Assembleia Legislativa aprovou, durante sessão ordinária vespertina, em primeira votação, o projeto que estabelece regras para a RGA do serviço público.
O presidente da Casa de Leis, deputado Eduardo Botelho (DEM), mesmo com o protesto dos manifestantes, que não queriam ver o projeto da RGA tramitar em regime de urgência, colocou os projetos enviados pelo governo em votação.
No caso da RGA, foram 14 votos favoráveis pela aprovação e seis contrários. Os seis deputados que votaram contra a aprovação foram Wancley Carvalho, Max Russi, Janaina Riva, Valdir Barranco, Allan Kardec e Wilson Santos.