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Forças de segurança debatem em Sorriso fortalecimento e regularização dos Consegs 

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O encontro regional dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), realizado nesta sexta-feira e sábado, em Sorriso, reuniu agentes de segurança da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), entre outras forças de segurança da Região Integrada de Segurança Pública III, que abrange 10 municípios da região.

Mato Grosso possui 172 Consegs. Destes, 130 estão ativos, mas apenas 83 estão de fato regularizados, ou seja, com CNPJ e aptos a receberem repasses e firmarem parcerias. Estes números foram apresentados durante o Curso Intensivo de Polícia Comunitária, ontem.

Já no segundo dia, o evento foi voltado para os membros dos Consegs regionais, com o objetivo não só de demonstrar a importância dos conselhos, mas principalmente orientar e esclarecer sobre a regularização destas entidades de direito privado.

Um dos palestrantes e organizador do evento, coordenador estadual de Polícia Comunitária da Secretaria de Estado de Segurança Pública, tenente-coronel PM Sebastião Carlos, destacou o quanto os Consegs desburocratizam os investimentos em segurança.

Um dos exemplos citados pelo especialista, é o da cidade de Pontes e Lacerda (445 km de Cuiabá). A atuação do Conseg foi responsável pela construção da nova unidade do Corpo de Bombeiros Militar local, da reforma da delegacia, da construção de um Centro de Comando e Controle e de uma nova unidade para a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), uma das melhores do Estado.

E todas essas conquistas só foram possíveis com um Conseg atuante e regularizado, com parcerias que podem ir desde o Ministério Público Estadual, Poder Judiciário, até prefeituras e câmaras municipais. Ainda de acordo com o levantamento da Polícia Comunitária da Sesp, os Consegs já conseguiram captar recursos na ordem de R$ 17,4 milhões para implementação na área de segurança.

“Nossa ideia de dialogar com os conselhos comunitários é porque eles são verdadeiras ferramentas de transformação de segurança pública em todo o Estado, principalmente nos municípios mais distantes de Cuiabá, onde os recursos para suas demandas acabam demorando mais em função de todo o trâmite burocrático. E os Consegs tem a possibilidade de promover melhorias realizando a captação de recursos para a implementação de projetos sociais de prevenção primária, quanto de investimentos na seara da segurança pública”, explicou o tenente-coronel.

Apesar de não poder estar presente, o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, fez questão de gravar uma mensagem para os participantes do evento. “O Conseg é uma parte fundamental da Segurança Pública, sendo a mola mestre de nosso desenvolvimento. E a parceria da sociedade civil organizada e dos profissionais da segurança pública, fazem cada vez mais os índices de criminalidade baixarem”, pontuou Bustamante.

O evento contou com a palestra da tenente-coronel PM Emirella Martins, que é coordenadora de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar. A coordenadoria é responsável por todos os 32 programas e projetos sociais da instituição, entre eles PM Júnior, Judô Bope, Jiu Jitsu Rotam, Centro de Equoterapia RPMon, da Cavalaria, entre outros.

No entanto, Emirella destaca que o carro-chefe da coordenadoria é a Patrulha Maria da Penha, programa que tem como objetivo fiscalizar as medidas protetivas de urgência de vítimas de violência doméstica. E é por meio da filosofia de Polícia Comunitária, que a PM consegue obter êxito na realização do programa.

Isso porque, as vítimas recebem visitas solidárias realizadas por policiais militares, que na maioria dos casos aproxima essas mulheres fragilizadas do Poder Público. “Nós já recebemos relatos de mulheres que se mostraram surpresas pelo Estado estar preocupado com a vida e o bem-estar dela”, contou Emirela.

E essas visitas servem também como uma ponte entre os serviços disponibilizados pelo Estado – como atendimento social, psicológico e outros serviços – e a vítima. E a medida tem surtido efeito positivo: das 3.552 medidas protetivas fiscalizadas, apenas 36 foram descumpridas, sendo que 12 agressores que descumpriram foram presos.

“Mais do que fiscalizar as medidas protetivas, a Patrulha Maria da Penha tem o objetivo de se aproximar e empoderar essa mulher para que ela consiga sair do ciclo da violência. E nós vemos a importância disso é que das mais de 3.500 vítimas assistidas, nenhum caso de feminicídio foi registrado. Nosso índice de produtividade é de 99%” finalizou Emirela.

Outros conteúdos vistos durante os dois dias de evento foram: gestão pela qualidade na Segurança Pública; mobilização social comunitária;  conselhos comunitários e segurança pública; parceria e prestação de contas; marketing e rede digital; polícia comunitária e atividade coletiva com consegs.

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