quinta-feira, 25/abril/2024
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Fiéis começam a se despedir do Papa

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A basílica de São Pedro foi aberta nesta segunda-feira, às 19h45 (14h45 em Brasília), 15 miutos antes do previsto, para que os milhares de fiéis possam entrar para prestar sua última homenagem ao papa João Paulo 2º.

O traslado do corpo do papa da sala Clementina, no Palácio Apostólico, para a basílica de São Pedro, onde ficará exposto para visitação pública nos próximos três dias, foi acompanhado por uma multidão e transmitido pelas televisões de todo o mundo.

O corpo foi carregado por 12 homens vestidos de fraque, acompanhado por seis membros da Guarda Suíça, do vaticano, e chegou à basílica às 17h30 (13h30 em Brasília).

O Vaticano adiou o horário para o início da visitação do corpo do papa João Paulo 2º. Inicialmente marcado para às 20h (15h de Brasília), a visitação pública começa às 21h (16h de Brasília).

Essa informação apareceu nos telões situados na Praça de São Pedro, nos quais se lembra que às 17h o féretro com os restos mortais do pontífice deixará a sala Clementina do Palácio Apostólico, onde foi homenageado desde ontem pela Cúria, religiosos e autoridades políticas, para ir à basílica de São Pedro.

O corpo de João Paulo 2º já foi embalsamado e deverá ficar exposto até quinta-feira (7).

Até ontem (3) o corpo era velado no Palácio Apostólico e apenas governantes e integrantes da Igreja Católica tinham acesso ao local.

Milhares de pessoas enfrentam uma enorme fila e confusão no Vaticano para prestar a última homenagem ao papa João Paulo 2º. Algumas pessoas que estão próximas à basílica acamparam na praça São Pedro desde a noite de domingo.

O Vaticano diz esperar a visita de mais de 2 milhões de pessoas nas próximas horas.

O funeral acontecerá na próxima sexta-feira (8) às 10h horas na Itália (5h em Brasília), informou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro Valls. João Paulo 2º será enterrado no Vaticano, nas chamadas Grutas Vaticanas, a poucos metros do túmulo do apóstolo Pedro.

A cerimônia de sepultamento será presidido pelo cardeal Joseph Ratzinger, que foi um dos mais próximos colaboradores de João Paulo 2º, chefe da Congregação pela Doutrina da Fé e dignitário do Colégio de Cardeais.

As decisões e detalhes sobre os ritos foram divulgados após a primeira reunião dos cardeais. A reunião durou cerca de duas horas.

Ainda segundo o porta-voz do Vaticano, os cardeais ainda não decidiram quando começará o conclave para a eleição do sucessor de João Paulo 2º. O conclave deverá iniciar seus trabalhos, segundo está estabelecido, entre os dias 17 e 22, ou seja, entre 15 e 20 dias após a morte do sumo pontífice.

O funeral terá a presença de cerca de 200 personalidadestodo o mundo. Entre os que já confirmaram presença, estão os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, do México, Vicente Fox, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero também estará presente.

Missa de domingo
Na manhã de ontem (3), dezenas de milhares de pessoas participaram de uma missa em homenagem ao papa, na Praça São Pedro, no Vaticano.

A missa foi celebrada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Soldano.

A solenidade durou cerca de duas horas, e um grande esquema de segurança, incluindo o fechamento de diversas ruas em torno do Vaticano, foi montado para organizar o grande afluxo de fiéis.

Ao final da celebração da missa solene, o arcebispo Leonardo Sandri, que ultimamente lia as mensagens e discursos do papa, leu um texto que João Paulo 2º tinha preparado para a missa daquele domingo.

No texto, o papa recordava a ressurreição de Cristo e as feridas de sua paixão. O texto dizia ainda que a humanidade parece muitas vezes estar perdida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo.

“O Senhor ofereceu seu amor que perdoa, reconcilia e reabre a esperança. É o amor que converte e reabre a esperança”, dizia o texto.

De acordo com a tradição, até que seja escolhido um novo pontífice, um alto cardeal do Vaticano comandará a Igreja Católica Romana.

Agonia e morte
O papa João Paulo 2º, o polonês que liderou a Igreja Católica Romana por 26 anos e teve um papel vital na queda do comunismo na Europa, morreu na noite deste sábado, informou o Vaticano. Ele tinha 84 anos.

Karol Wojtyla morreu de choque séptico (infecção eneralizada) e colapso cardiovascular irreversível. O choque séptico ocorre quando uma infecção é tão forte que reduz a pressão sangüínea e o fluxo de sangue para órgãos vitais.

O atestado foi assinado pelo médico pessoal do papa, Renato Buzzonetti. Ele também admite oficialmente, pela primeira vez, que João Paulo 2º sofria de mal de Parkinson.

A notícia da morte foi anunciada no sábado (2) para cerca de 60 mil pessoas que acompanhavam os últimos momentos do papa na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano. Houve um longo aplauso – sinal italiano de respeito. Os sinos dobraram e muitas pessoas começaram a chorar abertamente pelo carismático líder dos 1,1 bilhão de católicos do mundo. Segundo o comunicado oficial, o papa morreu às 21h37 (16h37 de Brasília).

Na noite de quinta-feira (31), o papa teve febre alta e pressão baixa. O pontífice vinha se alimentando por uma sonda nasal e sofria de artrite e mal de Parkinson.

A saúde de João Paulo 2º piorou rapidamente a partir deste ano. O papa passou por duas cirurgias em dois meses.

Na quarta-feira (30), o Vaticano anunciou que o papa estava se alimentando por meio de um tubo nasal para ajudá-lo a se recuperar de uma recente cirurgia na garganta. Horas antes desse anúncio, o papa, pela segunda vez em quatro dias, tentou mas não conseguiu falar em público, gerando mais boatos sobre a deterioração de seu estado de saúde.

A internação anterior ocorreu em 24 de fevereiro, quando o pontífice foi submetido a uma traqueostomia (abertura de orifício na traquéia para possibilitar a respiração). Ficou internado por 18 dias.

Pontificado longo
O pontificado de João Paulo 2º durou 26 anos – o terceiro mais longo da história. Neste período, proclamou 482 santos, mais do que todos os predecessores nos últimos 500 anos.

João Paulo 2º marcou como poucos o século 20, com atuação importante na derrocada do comunismo no Leste Europeu em 1989, viagens por todo o mundo e um grande esforço para revolucionar as relações com outras religiões – ele foi o primeiro papa a entrar em uma sinagoga (em 1986) e em uma mesquita (2001).

Embora quase todos os mais de 1 bilhão de católicos o elogiem por defender os direitos humanos, o papa recebeu críticas pela oposição aos métodos contraceptivos, ao casamento gay e à ordenação de mulheres.

Origem operária
Karol Jozef Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, sul da Polônia. Em setembro de 1939, os nazistas ocupam a Polônia e Wojtyla suspende seus estudos. Durante a Segunda Guerra, é fichado pela Gestapo e participa da resistência contra a Alemanha. Trabalha como operário em pedreiras e, mais tarde, nas indústrias químicas “Solvay”. Neste período, une-se a um grupo de teatro e interpreta papéis em peças de conteúdo patriótico.

Wojtyla é ordenado sacerdote em novembro de 1946, aos 26 anos. Em 1963, é nomeado arcebispo da Cracóvia e, em 1967, cardeal – aos 47 anos, o segundo mais jovem da Igreja Católica.

Em 16 de outubro de 1978, converte-se, aos 58 anos, no papa mais jovem do século 20 – foi o primeiro pontífice não-italiano desde a eleição do holandês Adriano 6º, em 1522.

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