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Fazendeiro é multado em R$20 milhões por desmate em terras indígenas em MT

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Ações desencadeadas em Mato Grosso no combate a exploração ilegal da floresta continuam ampliando o volume de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Em várias regiões do Estado fiscais continuam focados nos trabalhos. No início do mês, na região Sudeste, somente um fazendeiro foi multado em R$20 milhões por devastar uma área superior a quatro mil hectares a corte raso.

O desmate, conforme identificou o órgão, foi realizado entre os anos de 2003 a 2005 na terra indígena Marãiwatsede, em Alto da Boa Vista, habitada por índios Xavantes. Só Notícias apurou que durante a chegada de fiscais, não havia mais madeira no local.

O Ibama fez a representação de crime (ambiental) ao Ministério Público, que deverá posicionar-se quanto ao assunto.

O Ibama também permance com as operações Guardião Termopilas e a Arco de Fogo. Estas duas já vistoriaram, na grande região de Sinop, 91 áreas detectadas pelos sistemas de vigilância de desmatamento e 35 serrarias em oito municípios. Dessas, o Ibama embargou 56 áreas de fazendas e 11 serrarias, sendo 7 delas desembargadas pela Justiça. Outras três empresas ainda estão sendo auditadas.

A Termopilas, executada pelo Ibama desde a segunda quinzena de abril, ganhou reforço da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. O Ibama e a Força Nacional dão apoio à PF na Operação Arco de Fogo, cujo foco são as serrarias, mercado consumidor da madeira extraída ilegalmente da floresta. O alvo da Guardiões Termoplias, do Ibama, são as áreas desmatadas e onde há exploração ilegal de madeira.

Os agentes lavraram, durante as duas operações, 62 notificações e 143 multas num valor total de R$ 31,4 milhões, sendo que 70% desse montante foi emitido na Guardiões Termopilas. Os principais motivos das autuações são desmatar e explorar madeira em área de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente. Nas serrarias, os fiscais apreenderam 3 mil metros cúbicos de madeira em tora e 4,5 mil de madeira serrada. As principais irregularidades foram depósito e venda de madeira sem apresentar documentação legal, conforme informam dados divulgados pelo Ibama.

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