Os parentes das vítimas do acidente com o avião da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro, reclamaram da previsão do Comando da Aeronáutica de concluir em oito meses as investigações sobre o caso. Segundo o representante da comissão de familiares das vítimas, Jorge André Fernandes Cavalcante, o prazo só aumenta o sofrimento das famílias.
“Isso nos dá cada vez mais ansiedade, porque estamos em busca de responsáveis. São mais oito meses de sofrimento”, disse Cavalcante, em entrevista coletiva à imprensa para anunciar a criação da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, que será registrada em cartório na próxima segunda-feira (20).
Ontem, representantes do grupo se reuniram com o coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira, presidente da comissão que investiga o acidente, e receberam o relatório preliminar sobre o caso.
Para a diretora da futura associação, Neusa Felipetto Machado, que perdeu o marido no acidente, muitas perguntas ainda aguardam resposta. “Falta muita coisa mesmo. Quem falhou> Como? Quando? São perguntas que precisam ser respondidas”.
Os familiares também criticaram a interrupção das buscas pela Força Aérea Brasileira no local do acidente. “Não aceitamos o fim das buscas, mas entenedemos e respeitamos”, disse Jorege André Cavalcante. Ele admitiu que, após 49 dias “fica dificil localizar restos mortais”.
De acordo com a Aronautica as buscas terminan hoje, mas poderão ser retomadas caso surja alguma possibilidade de localizar os restos mortais do bancário Marcelo Lopes Paixão.