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Familiares de aluno bombeiro que morreu após treinamento e foi sepultado em Sinop organizam manifesto

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Enquanto investigação civil e criminal que apura as circunstâncias da morte do aluno Bombeiro Rodrigo Claro, 21 anos, será concluída em janeiro, familiares e amigos pretendem fazer um ato público, nesta quarta-feira, na Praça Ipiranga, a partir das 17h, pedindo justiça e celeridade na investigação da morte do jovem, ocorrida no dia 15 de novembro. A mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, o objetivo é cobrar das autoridades as respostas para a morte prematura do jovem, após ser torturado durante treinamento em lagoa, durante curso de formação.

"Estive hoje, nas dependências do IML ( Instituto Médico Legal) de Cuiabá para tentar encontrar uma resposta em relação ao laudo da causa Morte do meu filho". "A resposta obtida foi (que) o laudo está sim pronto, porém sem a assinatura do mesmo até o momento pois essa assinatura não é feita manualmente é uma assinatura eletrônica e o contrato com essa empresa venceu em agosto e até o momento não foi renovado ainda para que os laudos sejam assinados", informou Jane. "Aí vem o caso, diante das afirmações do secretário de Segurança Pública a imprensa ", "que primeiro falou que a causa da morte era um Aneurisma, logo em seguida falou que não, que na verdade se tratava de um AVC ( Acidente Vascular Celebral)  Será que teremos outros resultados?
Será que devo realmente acreditar no resultado que sair ? Será que o IML tem equipamentos suficientes para atestar uma causa de morte sem gerar dúvidas", cobrou.

O manifesto nesta 4ª conta com apoio da Associação das Famílias de Vítimas da Violência, que também acompanha o caso. Segundo Heitor Reiners, um dos dirigentes da associação, casos de abusos praticados em treinamentos militares, como o que pode ter causado a morte do jovem, ainda são comuns. Nos últimos 10 anos pelo menos, quatro ganharam repercussão na mídia, inclusive nacional, e mesmo assim as instituições não acabam com os abusos durante os treinamentos.

Segundo relatos do próprio Rodrigo, ele vinha sendo perseguido pela tenente Izadora Ledur e, no dia em que passou mal no treinamento da Lagoa Trevisan, mandou mensagem para a mãe, dizendo que estava com medo pois sabia que era ela que iria estar à frente do treino de mergulho. Após várias sessões de afogamento promovidos pela oficial, Rodrigo passou a sentir fortes dores de cabeça e vomitou.

Mesmo assim foi obrigado a dar sequência a travessia. Abandonou o treino quase ao final. Depois de se deslocar sozinho em sua moto até o quartel do 1º batalhão, foi conduzido para a Policlínica do Verdão, onde passou a convulsionar. Diagnosticada hemorragia cerebral passou por cirurgia de emergência em hospital privado e morreu na Unidade de Terapia Intensiva, cinco dias depois.

Amigos do jovem relataram a família a violência a que Rodrigo foi submetido durante o treinamento.

Tanto o Inquérito Policial Militar, determinado pelo Comando do Corpo de Bombeiros quanto o da Polícia Civil, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa dependem de finalização de interrogatórios e envios de laudos e documentos.

Rodrigo foi sepultado em Sinop.

 

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