O que era para ter sido uma festa bonita, mas sem nenhuma polêmica, acabou se transformando em uma noite angustiante para os diretores do Sindicato Rural de Alta Floresta, autoridades presentes, a imprensa e até populares que se amontoavam na entrada do escritório principal do Parque de Exposições, local onde se concentravam as reuniões em torno de uma decisão tomada pelo capitão Adelir Martini, do Corpo de Bombeiros de Alta Floresta.
A abertura da feira, conforme programação oficial, estava marcada para as 20 horas, porém, sofreu um atraso de três horas. No início a imprensa ficou sem saber o que estava acontecendo. Poucas eram as informações. Somente por volta de 21 horas é que as informações começaram a chegar e davam conta de que o Parque estava interditado por causa de um laudo do CB apresentado no início da noite de quarta-feira.
O laudo, segundo informações colhidas por nossa reportagem, sinalizava a falta de ARTs (assinatura de profissional de engenharia) de engenheiro de segurança, ART de equipamento de som e iluminação, além de falta de sinalização de saídas de emergência, preventivos contra incêndio, memorial descritivo sistema de prevenção contra incêndios e cópia de contrato de prestação de serviço em ambulância.
Um dos diretores do Sindicato, pecuarista Wiliam Lima, revelou que havia enviado ofício ao Corpo de Bombeiros com 8 dias de antecedência, e que o comandante só veio inspecionar na tarde de quarta-feira, horas antes do início da Feira.
O capitão do Corpo de Bombeiros reconheceu que o comunicado teria sido feito com antecedência, mas revelou que a taxa para a vistoria só teria sido paga as 14 horas de ontem.
Durante as tentativas de demover o capitão do CB, até uma ligação, do deputado Ricarte de Freitas teria sido feita ao governador Blairo Maggi. Tantativa em vão.
Por volta de 22:30 horas, com a chegada do Promotor de Justiça Henrique Schneider, e após cerca de meia hora de conversa com o oficial é que o Parque foi liberado e a abertura da festa finalmente pode ser feita.