Está começando a segunda noite do rodeio feminino com 14 cowgirls que participam da etapa do rodeio Qualifying, para conseguir vaga entre as 5 finalistas que participarão do rodeio profissional, no domingo. Todas as montarias são em cavalos.
Miriam Ajala é uma das veteranas na profissão e diz que seu maior prazer é a montaria, mesmo já tendo como seqüela uma perna e um braço quebrados. “Isso está no sangue. A gente gosta e não tem como parar. Os perigos fazem parte, é como qualquer outra profissão e mesmo com eles, para quem monta de coração é um prazer indiscutível”, disse ao Só Notícias.
Miriam, que tem uma filha de 9 meses, contou que começou a montar aos 24 anos de idade e antes era Policial Militar. “A primeira competição que participei, em Poloni, São Paulo, fui a campeã e isso me incentivou ainda mais para continuar”, acrescenta. Seu esposo também é peão e estará participando do rodeio profissional a partir de quinta-feira, na montaria de touros. Miriam foi a concorrente que alcançou a maior nota na primeira noite de rodeio, 66 pontos.
“A competição não está fácil, todas dependemos do animal, se ele não for bom as notas não são boas. E a maioria das concorrentes é profissional”, reforçou. Elen Ribeiro, 24 anos, é uma das novatas. Ela monta desde os 10 anos de idade, mas na categoria 3 tambores, que é o contorno de 3 tambores com o cavalo. “Eu montei, parei, trabalhei como vendedora de consórcio mas agora voltei com todo gás e não pretendo parar. É minha paixão”, declarou, ao Só Notícias.
Elen tem duas filhas, uma de 9 anos e uma de 3 e afirma que consegue conciliar muito bem a vida de peoa com a vida de mãe. “Não é fácil, mas elas também já estão começando a gostar da profissão”, completa.
Em geral os cowboys e cowgirls viajam por todo o país e sobrevivem trabalhando em bicos quando estão fora das arenas. Durante os rodeios, eles dificilmente treinam nos animais. O condicionamento físico é mantido com corridas e muitos exercícios em academias.