Três empresas foram habilitadas pela Infraero para construção do Módulo Operacional Provisório (MOP) do Aeroporto Marechal Rondon. A EngeGlobal Construções, Eurobravin Comércio e Serviços, e a Ghimel Construções e Empreendimentos foram as que ofereceram menores preços e agora a documentação passa por análise. Após a Ordem de Serviço, que deve ser expedida em uma semana caso não haja recurso, a empresa homologada terá 150 dias para entregar o MOP.
Se todas as empresas estiverem com a documentação em dia, a EngeGlobal deverá ser a contratada porque teve a menor oferta, R$ 2,25 milhões, deságio de R$ 340 mil frente ao teto valor destinado pela Infraero para a construção, de R$ 2,59 milhões. As demais participantes apresentaram propostas de R$ 2,253 milhões (a capixaba Eurobravin) e R$ 2,58 milhões (a paulistana Ghimel).
De acordo com o secretário de Logística Intermodal de Transporte de Mato Grosso, Francisco Vuolo, após a publicação da empresa homologada, as demais têm 5 dias para protocolar recursos, caso haja interesse. Procurada, a Ghimel informa que não tem interesse em recorrer. A Eurobravin foi procurada para comentar o assunto, mas os telefonemas não foram atendidos. A primeira colocada do processo, a EngeGlobal, é uma construtora mato-grossense e esteve envolvida no escândalo da operação Pacenas, sob suspeita de superfaturamento e articulação de preços com concorrentes para vencerem licitações das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá.
De acordo com o Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF), a empresa pode participar de processos de licitação pública porque não foram julgadas e condenadas. Dois sócios da construtora foram procurados, mas não atenderam ao celular.