As ações de fiscalização nas rodovias estaduais de Mato Grosso passam a contar com o auxílio de drones (aeronave remotamente pilotável). O equipamento será utilizado em blitzes, barreiras e operações integradas com as forças de segurança. Para o incremento do aparelho nas ações preventivas e repressivas, 10 policiais militares participaram da capacitação para se tornar um operador. Com um total de 40 horas/aula, os profissionais realizaram ontem, bloqueios nos dois sentidos da rodovia MT-251 (acesso a Chapada dos Guimarães), como parte da instrução prática.
Em poucos minutos formaram-se filas e cada veículo foi vistoriado, também foram checados os documentos pessoais e do automóvel. Em toda a extensão de carros na rodovia, os operadores de drones monitoravam a uma distância de até dois quilômetros para detectar se havia alguma irregularidade. As imagens captadas eram enviadas para um servidor, que é monitorado por um policial. Em caso de alguma irregularidade, é realizado a troca de informações via rádio.
“O drone possibilita o aumento do campo de visão, principalmente em ação em que todos os veículos são fiscalizados, então fica um número grande de veículos dentro desta extensão, e é neste perímetro que pode haver ilícito, a exemplo de pessoas descartarem uma arma de fogo, droga ou trocar de condutor. Com o drone, tudo estará sendo monitorando e as imagens servirão de provas para confirmar o delito”, assegura o comandante do Batalhão de Trânsito, tenente coronel Esnaldo de Souza.
Em ações preventivas e repressivas do Batalhão de Trânsito, cinco drones revezaram nos sobrevoos. O equipamento que alcança até 73 km por hora e atinge uma distância de até cinco quilômetros só pode ser manipulado por pessoas capacitadas. Cada equipamento funciona ininterruptamente por 30 minutos e há três baterias reservas para cada drone.
Um dos instrutores da capacitação, o primeiro tenente Eraldo das Neves Moura, disse que há uma série de normas para se tornar um operador e todas as exigências foram atendidas na ministração do curso.
“A capacitação teve o objetivo de doutrinar os militares com a cultura aeronáutica para aprender como lidar com os drones. Foram repassados o regulamento aeronáutico e as sanções, criminais e administrativas, a que o operador está sujeito, além de técnicas de pilotagem e informações da meteorologia. Para que uma aeronave possa voar regularmente, o equipamento tem que estar homologado na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o operador tem que realizar um estudo de risco antes de cada voo”, enfatiza.
A informação é da assessoria.