Os dados divulgados hoje pelo Deter, sistema de alertas emitidos por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam para 123 km2 de desmatamentos na Amazônia Legal por corte raso ou degradação progressiva em maio. Deste total, 61 km2 foram em Mato Grosso, 17.72 km2 em Roraima, 17.63 km2 no Maranhão, 11.78 km2 em Rondônia, 10.58 km2 no Pará e 4.82 km2 no Tocantins.
O sistema aponta que, neste período, 62% da região permaneceu coberta pelas nuvens, que prejudicam a observação por meio das imagens de satélite. O levantamento aponta que, “em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização”.
O Deter descreve ainda que 96,4% dos alertas referentes a maio confirmaram-se como desmatamentos. Outros 69,3% classificados como cortes rasos e 27,1% como floresta degradada. Outros 3,6% dos alertas não apresentaram indícios de desmatamento.
O Deter aponta que Estados como o Amapá, Pará, Amazonas e Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois tiveram um alto índice de cobertura de nuvens no mês. O relatório de avaliação também indica que, em maio, 82% dos alertas tinham área maior que 1 km2 (100 hectares). As maiores áreas detectadas corresponderam aos desmatamentos por corte raso (500 a 1000 hectares), aponta a assessoria.