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Desembargadores mantém presa maquiadora acusada de matar marido e amante em Sinop

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Só Notícias (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram, na última semana, o pedido de habeas corpus feito pela defesa da maquiadora Cleia Rosa dos Santos Bueno, 34 anos. Ela é acusada de mandar o amante Adriano Gino, 29 anos, matar o marido, Jandirlei Alves Bueno, 39 anos. Também seria responsável por contratar os irmãos José Graciliano dos Santos, 30 anos, e Adriano dos Santos, 20, para matarem Gino. Em agosto, o desembargador Gilberto Giraldelli, relator do recurso, já havia negado a soltura da suspeita. Agora, ao julgarem o mérito, os desembargadores (incluindo Giraldelli) mantiveram o entendimento de que Cleia deve continuar presa. “Apresenta-se idoneamente fundamentada a prisão preventiva na necessidade de garantir a ordem pública e a conveniente instrução criminal, se as razões de decidir demonstram que o modus operandi utilizado no cenário criminoso revela uma gravidade concreta que supera aquela própria dos tipos penais, além de indicar a intenção da paciente em atrapalhar a produção de provas, a fim de permanecer impune”, consta no acórdão da decisão.

Os desembargadores levaram em conta a suspeita de Cleia “teria planejado o assassinato do seu marido, por este não aceitar a separação, o que a estaria impedindo de assumir um romance com seu suposto amante, o qual lhe prestou auxílio no crime; e, posteriormente, para garantir a sua impunidade em relação a este primeiro delito, teria arquitetado a morte de seu comparsa, seu então convivente, determinando a ocultação de seu cadáver, pois tais elementos indicam a sua periculosidade social e a disposição em gerar tumultos na fase instrutória do feito correlato”.

Conforme Só Notícias já informou, ao ingressar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, a defesa alegou que Cleia vem sofrendo “constrangimento ilegal” por ser mantida presa. O advogado afirmou que a maquiadora é inocente e apontou “fragilidade dos elementos” que a colocam como mandante dos homicídios. Segundo ele, a acusada confessou apenas ter atentado contra a vida de Adriano Gino, “em razão de ameaças e agressões que sofria por parte dele”.

O advogado ainda reclamou excesso de prazo na custória cautelar, que já passa de 90 dias, o que, para ele, caracteriza “antecipação de pena”. A defesa apontou também que Cleia tem uma filha menor de 12 anos, o que lhe garante o direito de ter a prisão preventiva convertida em domiciliar.

Em maio, a Justiça Criminal acatou a denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra a maquiadora, que passou a responder por homicídio qualificado supostamente cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, em relação ao assassinato de Jandirlei. Já pela morte de Adriano, Cleia foi denunciada por assassinato supostamente cometido por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime (no caso, a morte de Jandirlei).

José Graciliano e Adriano respondem pelo homicídio de Gino, supostamente cometido mediante promessa de recompensa, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O trio também foi denunciado por ocultação de cadáver em relação à morte de Adriano Gino.

A maquiadora é acusada de mandar o amante Adriano matar o marido e, depois, teria contratado José e Adriano, que trabalhavam como vigilantes no mesmo bairro que ela morava, para matar o amante. Os três foram presos no final de março por policias da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os irmãos levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima.

Jandirlei foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante de Cléia. O marido da maquiadora foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo. Na data do crime, a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do esposo, quando foram rendidos por dois assaltantes. Na versão contada, Jandirlei teria reagido e sido esfaqueado.

Já os dois irmãos, supostamente contratados por Cleia, contaram à Polícia Civil como mataram Adriano Gino. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse.

Os irmãos continuam presos no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop.

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