Após o laudo do Ministério Público Estadual (MPE), que aponta falhas na estrutura da Arena Pantanal ganhar repercussão, promotores do núcleo de acompanhamento das obras da Copa em Cuiabá afirmaram, esta tarde, que o laudo encaminhado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) ao Ministério Público sobre o incêndio na Arena Pantanal no ano passado é inconclusivo.
Segundo o promotor Clóvis de Almeida Matos, a intenção do MPE é garantir a segurança de todos envolvidos na obra do estádio. “O objetivo dessa inspeção é assegurar que tanto aos trabalhadores, torcedores e população em geral estejam em segurança dentro da Arena Pantanal. Teremos a atenção mundial voltada para nosso Estado e não queremos que aqui se torne um palco de tragédias”, afirmou o promotor.
Alexandre Guedes, também promotor participante do núcleo, afirmou que ainda há irregularidades no laudo encaminhado pela Secopa, no que se refere aos danos causados no incêndio que aconteceu no canteiro de obras do estádio no ano passado. “O documento que foi encaminhado ao Ministério Público ainda não apresenta a total reparação dos danos causados pelo incêndio. Há partes no concreto que foram completamente danificadas, causando assim risco à vida de quem esteja no local. O que queremos é simplesmente que esses reparos sejam realizados o mais breve possível. Não é a nossa intenção de maneira alguma parar a construção”.
Uma nova inspeção, ainda sem data definida, deve acontecer no estádio em breve. “O Ministério Público ainda terá muitas reuniões juntamente com representantes do Tribunal de Contas do Estado, da Secopa, e se possível até da Fifa para resolvermos o quanto antes essa pendência”.
Indagado sobre quem realizará a inspeção, Clóvis de Almeida disse que ainda estão analisando as possibilidades. “Pode ser realizada tanto pelo Crea, como por técnicos do MP ou até mesmo da Secopa. Só o tempo irá nos mostrar a melhor solução”.
A coletiva encerrou com a fala do promotor Carlos Eduardo Silva, também integrante do Núcleo de Acompanhamento das Obras da Copa do Mundo. “Os reparos que deveriam ser feitos, não foram. Porém, o que nós queremos é solucionar o problema. Não é nada de muito complexo, e se chegarmos a um parecer técnico agora, ainda há tempo para resolver”.