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Cuiabá: inquérito sobre morte de operário não tem previsão de ser concluído

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A morte do operário Muhammad Ali Maciel Afonso, 32 anos, que faleceu enquanto trabalhava na Arena Pantanal completou dois meses na terça-feira (8), mas ainda não existe previsão para o inquérito ser concluído. O caso é investigado pela Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Antônio Esperândio.

Ele informou, através da assessoria de imprensa, que ainda precisa ouvir três pessoas e também está guardando respostas de ofícios enviados, mas não respondidos até o momento. Não foi repassado detalhes de quem são as pessoas que ainda não foram ouvidas.

De acordo coma Polícia Civil, os ofícios foram encaminhados ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e também à empresa Etel, que fazia parte do consórcio CLE, responsável pela instalação dos equipamentos de Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC) do estádio. Dessa forma, a polícia relatou que ainda não é possível falar em data de conclusão do inquérito, uma vez que os documentos que estão faltando não dependem do delegado. Sem as respostas aos ofícios, Sperândio não consegue concluir o inquérito. Até o momento, foram ouvidas cerca de 20 pessoas entre familiares, trabalhadores do estádio, alguns representantes da empresa e também pessoas que trabalham na Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa).

Muhammad morreu no dia 8 de maio dentro da Arena Pantanal. Ele recebeu uma descarga elétrica, caiu da escada onde estava e, em seguida, sofreu uma parada cardiorrespiratória, morrendo antes mesmo de ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando sofreu o acidente, ele trabalhava na instalação de luminárias e familiares denunciaram desvio de função afirmando que ele fora contratado para ser montador e não eletricista.

No mesmo dia, o Ministério do Trabalho e Emprego foi acionado para inspecionar o local da obra e no dia seguinte interditou os trabalhos na parte elétrica. A empresa apresentou os documentos solicitados bem como relatou que cumpria os protocolos para garantir a segurança dos funcionários e conseguiu permissão para retomar os trabalhos no dia 14 de maio.

Por sua vez, o Ministério Público do Trabalho alega que não recebeu nenhum ofício da Polícia Civil ou do delegado Antônio Sperândio solicitando informações a respeito do acidente fatal envolvendo o operário.

O MPT diz ainda que instaurou um inquérito civil para apurar a responsabilidade da empresa Etel e Engenharia Montagens e Automação Ltda. e do Consórcio Cle Arena no caso. “Para dar continuidade à investigação, o MPT aguarda o envio do relatório de análise do acidente fatal e do laudo da morte do operário, documentos já requisitados, respectivamente, ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e à Politec”, informa em comunicado.

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