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Cuiabá: flanelinhas cobram R$ 10 por vaga em terreno da prefeitura

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Torcedores que vão ao estádio Eurico Gaspar Dutra, o "Dutrinha", para acompanhar as partidas de futebol, têm sido alvos, de forma cada vez mais constante, da ação de flanelinhas. Além de utilizarem as ruas do entorno da praça esportiva, eles lotearam um terreno que fica nos fundos do campo, que pertence à Prefeitura de Cuiabá. Para estacionar no local, os motoristas são obrigados a pagarem R$ 10, de forma antecipada, pela “vaga”.

Um frequentador do estádio, que prefere não ser identificado, relata que a situação ocorre em todas as partidas e cobra das autoridades providências. “Sei que esse terreno é do município. Se não pudermos parar aqui, tudo bem, mas acho absurdo ser obrigado a pagar para um flanelinha”.

Ele relata que o pagamento é feito de forma antecipada e que quando o jogo acaba nenhum dos guardadores estão no local. “Cobram para cuidar dos carros e impedir furtos, mas não ficam lá. Só tomam dinheiro das pessoas”. Quando há uma recusa no pagamento, diz, ameaças são feitas.

O quarteirão onde está localizado o "Dutrinha" pertencia à Federação Mato-Grossense de Futebol até 2011. Por conta de uma negociação, foi vendido ao município, que passou a ser dono de toda a área, inclusive da manutenção no estádio.

Segundo o secretário de Esportes da cidade, Carlos Brito, várias providências complementares, necessárias e obrigatórias, não foram realizadas pela antiga administração municipal. “Além do terreno, temos quiosques, lanchonete e outras empresas que possuíam contrato de concessão com a FMF e isso tem que ser respeitado”.

Brito pontua que no ano passado o assunto foi retomado e que a pasta solicitou à Procuradoria-Geral do Município (PGM) um estudo para que haja a concessão das áreas para a iniciativa privada, de forma legal, garantindo assim arrecadação que será revertida para investimentos em outras instalações.

“Todos os permissionários já foram cientificados dessa necessidade do município em regularizar a situação”. Logo que receber o parecer da PGM, Brito afirma que providências serão tomadas.

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