Uma área com cerca de um hectare, localizada no bairro Santa Amália, onde residiam cerca de 60 famílias, foi desocupada, esta manhã. Segundo informações da prefeitura, a área é de preservação ambiental, pertence ao município e estava sendo usada pela ‘indústria do grilo’, que é a ocupação e posterior comercialização de áreas por pessoas que já possuem residências.
Para cumprir a reintegração de posse, ajuizada em maio deste ano, foram designados mais de 90 policiais militares, além de bombeiros. Entretanto, alguns moradores resistiram e tiveram que deixar as casas à força.
O local, conhecido como Barra do Pari, é de interesse ambiental e parte deve ser destinada para a construção de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), solicitação da associação de moradores do bairro. Ainda conforme a prefeitura, apenas duas famílias realmente não possuem casas e devem ser contempladas com programas sociais.
As demais são acusadas de grilagem e venda indevida de lotes. "Muitas dessas famílias já possuem casas e/ou têm parentes que possam abrigá-las. As que realmente precisam serão cadastradas pela Secretaria Municipal de Assistência Social em programas como o Minha Casa, Minha Vida", explicou o secretário Municipal de Comunicação, Kleber Lima.
A área foi invadida no ano passado e desde então vem sendo disputada judicialmente. Em setembro, os moradores foram intimados a deixarem o local, conforme decisão da Justiça, mas insistiam em permanecer. A área foi doada por um servidor público para o município em 1997.