Os membros da comissão de investigação designada pela apurar as condutas, em processo administrativo, de dois servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), acusados de cobrar propina para liberar madeira ilegal em Cláudia (80 km Sinop), devem começar os trabalhos, esta semana. Lotados no órgão, no Ceará, os funcionários, que faziam parte de uma operação, foram presos em abril por tentar chantagear o vice-prefeito do município, Gilmar Sokolovski.
O gerente executivo do Ibama Sinop, Evandro Selva, disse, ao Só Notícias, que os membros da comissão devem levantar documentos junto à Polícia Federal de Sinop, que fez as prisões e colher depoimentos. “Eles têm 30 dias para concluírem os trabalhos, podendo este prazo ser prorrogado pelo mesmo período. Quando terminado, tudo será enviado à Brasília, onde será decida a punição deles, podendo até serem exonerados”.
À época do caso, depois de denúncia recebida, de que os servidores estariam cobrando propina, o Ibama de Sinop informou a Polícia Federal, que promoveu o flagrante com gravação de áudio e vídeo, no gabinete da prefeitura. De acordo com a PF, eles estavam solicitando a quantia de R$ 20 mil para que parte da madeira apreendida na região do município, especificamente àquela de alto valor comercial, fosse desviada, serrada e beneficiada por uma madeireira da região, para posterior venda.