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Condenado a 22 anos de prisão homem que matou transexual estrangulada em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

O autor do feminicídio da transexual, Alexandra Monteiro, de 30 anos, foi condenado em tribunal do júri realizado, ontem, 22 anos de reclusão, sem o direito de recorrer da sentença em liberdade. O crime foi março em Cuiabá e apurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, O condenado, de 25 anos, foi indiciado no inquérito policial, inicialmente conduzido pela delegada Eliane de Moraes e concluído pelo delegado Hércules Batista, pelo crime de homicídio qualificado (feminicídio, motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vitima).

Conforme a denúncia do Ministério Público, baseada no inquérito da DHPP, a vítima e o autor do crime conviveram por mais de um ano em um relacionamento conturbado e ela terminou com ele. Em julho do ano passado, ele foi preso em flagrante por estupro da irmã e quando saiu da prisão, passou a ameaçar a vítima insistindo em reatarem.

No dia 7 de março, o corpo de Alexandra foi encontrado em avançado estado de decomposição, em uma casa na localidade Altos de Cuiabá, região do Jardim Florianópolis. Familiares informaram à Polícia Civil que sentiram falta da vítima, que não fazia contato desde a noite do dia 05. Quando foram até a residência, encontraram o corpo dela no banheiro, já em estado de putrefação. Conforme a perícia realizada no corpo, a vítima sofreu estrangulamento e teve a laringe fraturada.

A investigação da DHPP apontou o companheiro de Alexandra, como o principal suspeito do crime. Eles viviam um relacionamento amoroso bastante conturbado. A equipe da delegacia especializada apurou ainda que dias antes de matar sua companheira, o autor do feminicídio, que era monitorado por tornozeleira eletrônica conforme decisão judicial, rompeu o equipamento e registrou um boletim de ocorrência informando que foi obrigado a se desfazer do aparelho sob ameaça de outras cinco pessoas.

Com base nas informações e indícios coletados, a delegada Eliane Moraes representou à Justiça pela prisão preventiva, que foi decretada pela Vara de Violência Doméstica da Capital, e cumprida em 31 de março.

Além do inquérito pelo feminicídio, ele responde também pelo crime de estupro contra a própria irmã.

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