O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Osmar Lino Farias, excluiu mais dois soldados da corporação. A portaria publicada no Diário Oficial do Estado, que circula hoje, apontou que Carlos Mário Teixeira e Clayton Alves de Amorim foram acusados de pegarem R$ 10 mil de um passageiro de um ônibus, em junho de 2004. Eles, e outro policial, teriam feito a abordagem na BR-070, onde pediram para a vítima G.A.O. descer. Fizeram a revista e encontraram o valor. Levaram ele a outro local e o liberaram.
A portaria aponta, que no inquérito, apurou-se que a G.A.O. foi agredido “com chutes e pontapés por todos policiais da guarnição, que o colocaram em uma viatura tipo caminhão baú do Gefron e deslocaram para uma estrada de chão. Em seguida, os policiais militares, em posse do dinheiro que estava com a vítima, retiraram suas algemas e o mandaram embora, dizendo ao mesmo “não era para procurar a justiça e deixar isso quieto, caso contrário, eles iriam até o inferno para matá-lo”.
A publicação apontou que parte do valor foi recuperado na casa de um irmão de um terceiro policial envolvido. ” […] os acusados foram reinquiridos e alegaram que pegaram o dinheiro […] pelo fato deste (vítima) ter dito que era para comprar drogas na Bolívia, mas que não informaram o Comando do Gefron porque iriam tentar prender em flagrante delito o suposto traficante”.
Durante o processo, um laudo pericial apontou que Clayton era incapaz de permanecer em qualquer função, sendo considerado inválido, com transporto mental. No entanto, isso aconteceu no ano seguinte ao crime, concluindo a comissão de investigação, que ele tinha consciência do que havia feito.
Os punidos podem recorrer desta decisão.